Domingo de decisão é sempre diferente. O torcedor levanta e faz o velho ritual pré-jogo, alguns mais supersticiosos, outros menos, mas no final a coisa se decide mesmo é dentro do campo. O futebol brasileiro tem a riqueza de ter os campeonatos regionais vivos e funcionando a todo vapor, cada um com o seu charme e particularidade.
O charmoso campeonato carioca vive a era da hegemonia de Botafogo e Flamengo. Pelo terceiro ano seguido, a disputa segue acirrada. Equilíbrio é a palavra que pode definir esse confronto nos últimos tempos. Não é por acaso o resultado deste primeiro jogo. A vantagem do placar fica para finalíssima, e a desvantagem começa a ter nome de Maicosuel. Lesionado está vetado. O clássico perde o brilho da categoria do melhor jogador do campeonato.
Vencerá desta vez, aquele que souber se comportar com dignidade e souber com a bola nos pés, fazer o que o verdadeiro futebol conhece. É isso que o torcedor merece, e não a desqualificação de quem nunca colocou o pé na bola. Deixem que o sopro do apito o vento leve, e que a maresia traga de volta, os tempos do futebol arte.
Domingo eu quero respirar bom futebol. E você?
PITACO DOS VIZINHOS
“Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça”- frase de Vinicius de Moraes. Aplicou-a num dia de inspiração na calçada de Ipanema. Neste domingo, o domínio de bola de Ronaldo fenômeno no primeiro gol contra o Santos, foi quase uma música, ou uma pintura, ou até mesmo um simples toque de carinho na bola. É assim que se trata ela. Parabéns Ronaldo! Mais uma vez decisivo.
terça-feira, 28 de abril de 2009
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Isso não é futebol
Foto: Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM
É véspera de um fim de semana decisivo em vários cantos do País, aqui no Rio de Janeiro será apenas a primeira batalha do confronto. Cada dia que passa as coisas não mudam, e o assunto violência no futebol volta à tona. Acho que nunca é tarde para falar disso, tampouco sobre o feio episódio de domingo passado envolvendo, Domingos e Diego Souza no clássico entre Santos e Corinthians.
Tudo começou quando o técnico Vagner Mancini, que diga se de passagem, vem fazendo um grande trabalho no Santos, coloca o Zagueiro Domingos em campo. Fosse para marcar na bola, anular o craque da partida em campo, a fim de ganhar o jogo, bateria palmas para ele. Porém não foi isso que aconteceu. Infelizmente todo o brilho positivo de seu ótimo trabalho no Santos, se apaga quando percebo a forma vergonhosa como instruiu seu atleta.
Não estou aqui para absolver Diego Souza pela sua insanidade, voltar ao gramado e dar uma banda no adversário. Nada justifica o seu erro grave, que foi partir para violência. Mas, me dói ver que o futebol de hoje, precisa de recursos de anti-jogo para se sair vitorioso de campo. Domingos e Mancini, merecem uma punição tão grande quanto a do meia Palmeirense. Um erro não justifica o outro, porém se não tomarem uma atitude já, o futebol brasileiro vai virar uma bagunça.
Qualquer ato anti-esportivo deve ser passível de punição. A grande verdade, é que o bom exemplo tem de vir de dentro do campo, para que isso se reflita fora dele. Não adianta dizer que vai punir e não punir, fazer campanha pra lá e pra cá, e ninguém tomar uma atitude de verdade.
Que este fim de semana seja de paz e gols nos estádios.
Um bom fim de semana a todos.
Kadu Braga.
É véspera de um fim de semana decisivo em vários cantos do País, aqui no Rio de Janeiro será apenas a primeira batalha do confronto. Cada dia que passa as coisas não mudam, e o assunto violência no futebol volta à tona. Acho que nunca é tarde para falar disso, tampouco sobre o feio episódio de domingo passado envolvendo, Domingos e Diego Souza no clássico entre Santos e Corinthians.
Tudo começou quando o técnico Vagner Mancini, que diga se de passagem, vem fazendo um grande trabalho no Santos, coloca o Zagueiro Domingos em campo. Fosse para marcar na bola, anular o craque da partida em campo, a fim de ganhar o jogo, bateria palmas para ele. Porém não foi isso que aconteceu. Infelizmente todo o brilho positivo de seu ótimo trabalho no Santos, se apaga quando percebo a forma vergonhosa como instruiu seu atleta.
Não estou aqui para absolver Diego Souza pela sua insanidade, voltar ao gramado e dar uma banda no adversário. Nada justifica o seu erro grave, que foi partir para violência. Mas, me dói ver que o futebol de hoje, precisa de recursos de anti-jogo para se sair vitorioso de campo. Domingos e Mancini, merecem uma punição tão grande quanto a do meia Palmeirense. Um erro não justifica o outro, porém se não tomarem uma atitude já, o futebol brasileiro vai virar uma bagunça.
Qualquer ato anti-esportivo deve ser passível de punição. A grande verdade, é que o bom exemplo tem de vir de dentro do campo, para que isso se reflita fora dele. Não adianta dizer que vai punir e não punir, fazer campanha pra lá e pra cá, e ninguém tomar uma atitude de verdade.
Que este fim de semana seja de paz e gols nos estádios.
Um bom fim de semana a todos.
Kadu Braga.
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terça-feira, 21 de abril de 2009
Talento x conjunto
No futebol, muitas coisas são discutidas hoje em dia. Planejamento, preparação física, arbitragem, renda, lucros, compra e venda de jogadores etc. Mas, estão se esquecendo de algo essencial: O toque de bola. Quando falo disso, é que sinto falta da qualidade técnica em campo. Não é questão de ser saudosista dos tempos de Zico, ou de Jairzinho por exemplo. O fato é: Falta um algo mais sim, é inegável.
É evidente que hoje em dia a coisa está mais pra lá, do que pra cá, no quesito bom futebol. Infelizmente o espetáculo anda carente do futebol arte, do drible, da magnitude do talento de alguém capaz decidir um clássico. E para que isso aconteça, a bola tem que chegar bem em quem sabe usufruir deste dom. Jogos assim, não podem se limitar ao placar se mexer sem seu verdadeiro brilho, não deve servir só para diferenciar o vencedor do perdedor.
Digo tudo isso por quê? No jogo de Domingo entre Flamengo e Botafogo, faltou justamente algo que se chama toque de bola. Isto muito mais até, diria do lado alvinegro. Não se justifica uma derrota por isso, mas é algo que falta, e muito, ao time de Ney Franco. Limitado tecnicamente e sofrendo de “Maicosuel-dependência”, que é muito talentoso, fica muito difícil aproveitar o bom poder de fogo dos seus atacantes.
Do lado do time rubro negro, este quesito não anda sendo o fim do mundo. Não é sonho de consumo, certo? Mas, têm em Kléberson e Ibson sendo os pensadores do time, e que sabem encontrar em Juan e Léo Moura o “desafogo” do jogo, é claro, quando conseguem executar a manobra, pois também não anda nada fácil. Cuca aos poucos vai montando seu quebra cabeça, fazendo seu time evoluir e teve méritos na conquista da Taça Rio.
Dizer que um time é muito mais forte que o outro, seria um grande exagero. Os dois times não possuem grandes qualidades técnicas, e por isso o jogo foi decidido num detalhe. Culpar o zagueiro Emerson, seria um grande equivoco quando o time todo não vai bem.
E ai, quem decide o campeonato: O talento ou o conjunto?
Um abraço a todos.
Kadu Braga
É evidente que hoje em dia a coisa está mais pra lá, do que pra cá, no quesito bom futebol. Infelizmente o espetáculo anda carente do futebol arte, do drible, da magnitude do talento de alguém capaz decidir um clássico. E para que isso aconteça, a bola tem que chegar bem em quem sabe usufruir deste dom. Jogos assim, não podem se limitar ao placar se mexer sem seu verdadeiro brilho, não deve servir só para diferenciar o vencedor do perdedor.
Digo tudo isso por quê? No jogo de Domingo entre Flamengo e Botafogo, faltou justamente algo que se chama toque de bola. Isto muito mais até, diria do lado alvinegro. Não se justifica uma derrota por isso, mas é algo que falta, e muito, ao time de Ney Franco. Limitado tecnicamente e sofrendo de “Maicosuel-dependência”, que é muito talentoso, fica muito difícil aproveitar o bom poder de fogo dos seus atacantes.
Do lado do time rubro negro, este quesito não anda sendo o fim do mundo. Não é sonho de consumo, certo? Mas, têm em Kléberson e Ibson sendo os pensadores do time, e que sabem encontrar em Juan e Léo Moura o “desafogo” do jogo, é claro, quando conseguem executar a manobra, pois também não anda nada fácil. Cuca aos poucos vai montando seu quebra cabeça, fazendo seu time evoluir e teve méritos na conquista da Taça Rio.
Dizer que um time é muito mais forte que o outro, seria um grande exagero. Os dois times não possuem grandes qualidades técnicas, e por isso o jogo foi decidido num detalhe. Culpar o zagueiro Emerson, seria um grande equivoco quando o time todo não vai bem.
E ai, quem decide o campeonato: O talento ou o conjunto?
Um abraço a todos.
Kadu Braga
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Rivalidade sem fim
Motivação e rivalidade, ingredientes que fazem parte de um clássico. Hoje em dia, se tratando de Botafogo e Flamengo, é o que não falta. Por parte do lado alvinegro, o filme vivido em 2007 e 2008 coloca um tempero a mais. Essa história traz lados bons e ruins. Para levar a melhor desta vez, o lema tem de partir do princípio daquela frase
- “O medo de perder tira a vontade de vencer”, é perder o medo e de uma vez por todas e quebrar esse tabu.
Do outro lado, o olhar da desconfiança, fica por conta da irregularidade mostrada pelo time rubro negro ao longo desta temporada. Um começo arrasador, depois um tropeço feio, depois mudanças e mais mudanças, até o mestre Cuca acertar a mão na massa. É bom também não esquecer dos problemas extra campo vividos na Gávea. O time equilibrado e bom de 2008 começa a se desenhar de novo.
O clássico do próximo domingo tem tudo para ser um grande jogo. Vejamos que interessante. Não é só a hegemonia de Flamengo e Botafogo decidindo o estadual pelo terceiro ano seguido, que chama a atenção. Faz tempo que o futebol o Rio de Janeiro não tem um jogador como Maicosuel, por exemplo, dono de um talento capaz de decidir a partida. O poderio ofensivo de ambas as equipes credencia uma bela disputa pela artilharia da competição. De um lado Maicosuel e Victor Simões, enquanto do outro Josiel também está no páreo.
O que na verdade se espera de um clássico, é que o talento e arte se sobressaiam aos fatores externos. Os artistas do espetáculo são os jogadores, e o que se deseja é que o resultado seja fruto de um golaço. Deixe a história ser história depois, no final das contas ela entra em campo, mas não decide o jogo.
Como de praxe, é jogo para ser decido no detalhe.
Um abraço a todos.
Kadu Braga
- “O medo de perder tira a vontade de vencer”, é perder o medo e de uma vez por todas e quebrar esse tabu.
Do outro lado, o olhar da desconfiança, fica por conta da irregularidade mostrada pelo time rubro negro ao longo desta temporada. Um começo arrasador, depois um tropeço feio, depois mudanças e mais mudanças, até o mestre Cuca acertar a mão na massa. É bom também não esquecer dos problemas extra campo vividos na Gávea. O time equilibrado e bom de 2008 começa a se desenhar de novo.
O clássico do próximo domingo tem tudo para ser um grande jogo. Vejamos que interessante. Não é só a hegemonia de Flamengo e Botafogo decidindo o estadual pelo terceiro ano seguido, que chama a atenção. Faz tempo que o futebol o Rio de Janeiro não tem um jogador como Maicosuel, por exemplo, dono de um talento capaz de decidir a partida. O poderio ofensivo de ambas as equipes credencia uma bela disputa pela artilharia da competição. De um lado Maicosuel e Victor Simões, enquanto do outro Josiel também está no páreo.
O que na verdade se espera de um clássico, é que o talento e arte se sobressaiam aos fatores externos. Os artistas do espetáculo são os jogadores, e o que se deseja é que o resultado seja fruto de um golaço. Deixe a história ser história depois, no final das contas ela entra em campo, mas não decide o jogo.
Como de praxe, é jogo para ser decido no detalhe.
Um abraço a todos.
Kadu Braga
terça-feira, 7 de abril de 2009
Império perdido?
Imperador, respeitado por fãs brasileiros, italianos, pessoas do mundo inteiro em sua maioria, ligadas ao mundo da bola. Viver a vida de atleta de futebol pode parecer fácil, mas não é. Neste mundo entre sonhos e realidade, os moleques de pés descalços batendo bola na rua ou no campinho de terra, do nada, se deparam com outra realidade: A fama.
Não deixar o sucesso subir a cabeça, se maravilhar com o dinheiro e com o poder, se é que isto existe, em meio a todas estas transformações, é uma missão complicada e requer cuidados redobráveis, para quem vive subordinado à sua imagem. O espelho da idolatria em que ele próprio deve ter se inspirado em alguém um dia, do dia para a noite este papel se inverte e ele passa a ser o exemplo, o ídolo.
Ser bem orientado para conviver com tudo isso, também é algo que faz diferença no sucesso ou no insucesso de alguém. Não creio que seja este o problema de Adriano. Eis a questão, qual seria o problema do Imperador? Falar é muito fácil. Envolve-lo em problemas dos outros, também não é o mais indicado. O que se sugere é que a conversa seja aberta e franca para os dois lados, e repense os fatos. Adriano tem tido em Dunga e Jorginho na seleção, o carinho de quem têm realmente tem vontade de recuperá-lo dos tempos áureos de 2004 e 2005.
Saber separar o laço de amizade entre o simples fato de ser, “parceiro” ou amigo de alguém, é algo complicado para quem tem o rosto marcado pela fama. Não precisa deixar de ver os amigos, tampouco abandonar suas origens. É valido apenas, saber separar as coisas. Antes de qualquer coisa, Adriano é um ser humano como qualquer outro. Têm lá as suas angústias, frustrações e problemas como uma pessoa normal.
Vale dizer também que, a vida do atleta de futebol começa muito cedo, onde a sua vida pessoal é invadida pela sua escolha, onde nem sempre ele pode ser ele mesmo. Para retomar seu império, Adriano precisa ter noção, que, por ora terá de abrir mão de certas coisas.
Ou então, seu Império será tomado de uma vez por todas.
Um abraço a todos.
Kadu Braga.
Não deixar o sucesso subir a cabeça, se maravilhar com o dinheiro e com o poder, se é que isto existe, em meio a todas estas transformações, é uma missão complicada e requer cuidados redobráveis, para quem vive subordinado à sua imagem. O espelho da idolatria em que ele próprio deve ter se inspirado em alguém um dia, do dia para a noite este papel se inverte e ele passa a ser o exemplo, o ídolo.
Ser bem orientado para conviver com tudo isso, também é algo que faz diferença no sucesso ou no insucesso de alguém. Não creio que seja este o problema de Adriano. Eis a questão, qual seria o problema do Imperador? Falar é muito fácil. Envolve-lo em problemas dos outros, também não é o mais indicado. O que se sugere é que a conversa seja aberta e franca para os dois lados, e repense os fatos. Adriano tem tido em Dunga e Jorginho na seleção, o carinho de quem têm realmente tem vontade de recuperá-lo dos tempos áureos de 2004 e 2005.
Saber separar o laço de amizade entre o simples fato de ser, “parceiro” ou amigo de alguém, é algo complicado para quem tem o rosto marcado pela fama. Não precisa deixar de ver os amigos, tampouco abandonar suas origens. É valido apenas, saber separar as coisas. Antes de qualquer coisa, Adriano é um ser humano como qualquer outro. Têm lá as suas angústias, frustrações e problemas como uma pessoa normal.
Vale dizer também que, a vida do atleta de futebol começa muito cedo, onde a sua vida pessoal é invadida pela sua escolha, onde nem sempre ele pode ser ele mesmo. Para retomar seu império, Adriano precisa ter noção, que, por ora terá de abrir mão de certas coisas.
Ou então, seu Império será tomado de uma vez por todas.
Um abraço a todos.
Kadu Braga.
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