Os Campeonatos Estaduais
começaram e a repercussão dos primeiros jogos não se limitou aos gols dentro de
campo. A discussão do momento é a falta de público nos estádios. A imprensa, os
torcedores, os dirigentes, os patrocinadores, está todo mundo tentando entender
a raiz do problema.
O debate sobre o assunto vai longe.
O jogo de interesses fora das quatro linhas gera prejuízo principalmente as entidades
esportivas. De um lado: o clube – atualmente totalmente refém da receita das
TVs aberta e paga. Do outro: as
emissoras que precisam do conteúdo e geram receita via Futebol, a grande paixão
nacional.
Em tese a jogada deveria ser boa para
todos os lados: numero de jogos relevante, consequentemente boa receita de TV, exposição evidente das
marcas dos parceiros dos clubes em várias partidas. Bom negócio também para a televisão
que vive de ofecer entretenimento aos seus assinantes.
Contudo, nosso calendário não
favorece. Temos 23 datas a cumprir. Numero excessívo. Grande parte dos jogos não
desperta interesse do grande público. Para “mascarar” a péssima receita, os
clubes abusam dos preços dos ingressos – agrava ainda mais a situação. O horário de realização não passa de uma imposição
das geradoras de conteúdo.
Observando a programação há
partidas entre clubes grandes e de menor expressão aos domingos, às
19h30, no Stadium Rio (Engenhão). Este e principal Arena esportiva do Rio de
Janeiro, apesar de já ter melhorado seu acesso e serviços, não possui uma
enorme simpatia dos torcedores cariocas.
Outro detalhe que parece besteira
mas faz sentido é a época do ano em que acontecem as competições regionais. Pesa
no bolso da massa e até da elite partidas de futebol com preços excessivos após
as comemorações de fim de ano e no ínterim das festas de Carnaval.
Uma solução poderia ser mudança
no sistema de disputa, reduzindo um pouco o número de jogos, sem ter de excluir
algum clube de menor porte da competição.
Na prática, ações relativamente simples já poderiam ser feitas melhorar o espetáculo de uma forma geral. Os grandes clubes não sabem fazer do “gameday” uma grande festa, que estimula o torcedor a comparecer.
Na prática, ações relativamente simples já poderiam ser feitas melhorar o espetáculo de uma forma geral. Os grandes clubes não sabem fazer do “gameday” uma grande festa, que estimula o torcedor a comparecer.
No Brasil a cultura do próprio povo
não permite algumas coisas. Bares e restaurantes, ou churrascarias não podem
ser bem exploradas nos Estádios e os clubes deixam de faturar com isso. Em meio
a isto, várias atrações poderiam ser incluídas como shows antes ou depois dos
jogos, promoções gerando interatividade com torcedores dando oportunidades para
realização de ativação de marketing, etc.
O placar acaba desfavorável aos
clubes, verdadeiros donos do produto. A pergunta que fica: até quando eles vão
aguentar?
*Fotos: 1. globoesporte.com 2.Arquivo google internet 3. Site UOL.