Era uma tarde de domingo, por volta de umas três horas. A pelada dominical estava marcada no campinho de um terreno abandonado na Rua Saldanha Marinho. Nada de errado pode acontecer, se não a sagrada peleja entre amigos, "mela". Pois é. Depois de muito custo e saírem de casa fugindo da mesa de almoço logo após a refeição, Zezinho e Pedrinho chegaram no local que é simples, mas para a molecada é um verdadeiro Maracanã.
O clima no “Caixotão”, apelido dado pela turma por ser cercado de casas ao lado, é sempre descontraído e os curiosos ficam assistindo nas lages ou muros que cercam. Os garotos olham para o céu com medo da chuva. Verificado o céu ainda limpo, começa o “blá, blá, blá”, para serem escolhidos os times. Também gera a polêmica na hora do cara ou coroa para decidir o campo e quem tira a camisa para não confundir.
Estão lá no meio do campo Zezinho e Pedrinho para bater o par ou ímpar. A galera é repleta de bons de bola, mas sempre tem aquele que fica no pé do ouvido para cavar a escolha, e também influenciar dizendo “escolhe o fulano”. Bem, são coisas do mundo da bola. Zé iniciou a escolha. Pediu par e se deu bem, mas ia ter de tirar a camisa. Disse “Quero o Ganso!” – exclamou o menino. Pedro não perdeu tempo e falou. “O Neymar é meu então e o segundo escolhe dois. O Hernanes ta com nóis - retrucou o outro. O novato Mariola, preocupado, ainda tentou influenciar pedindo pela escolha do Victor para ficar no Gol. Na seqüência, Robinho foi o escolhido para a equipe sem camisa. Depois André para os adversários, e assim a escolha dos jogadores foi saindo até começar o jogo.
Neymar, abusado, ainda cismava em ficar com o campo. Mas, como a regra é clara, quem ganha na disputa de moeda, pode escolher. Bom, assim tá justo para os dois. A batalha começa e o time de Zezinho abriu do logo dois gols de diferença. Ganso e Robinho jogam tocando fácil até empurrar para o gol. Hernanes em cobrança de falta diminui colocando a bola onde queria. Pouco depois, Neymar sofreu pênalti bem cavadinho no campo de terra. O garoto travesso sempre chega em casa todo sujo. Até aí tudo bem. Foi quando Chico Pézão deu um chute bisonho e isolou a única bola que tinha. O pior é que caiu na casa do único vizinho que tinha saído naquele dia.
Sem bola e com tudo igual no placar, Robinho não parava de resmungar dizendo “Esse pé grande do Chico só serve para isolar bola!”. Ele ainda tentou juntar umas meias do pessoal da platéia para matar a vontade, mas a noite já começava a cair. A lua apareceu, nada de seu José voltar pra casa para devolver a redonda. Assim, a galera voltou pra casa com sede de mais. Todos naquela ansiedade pela devolução ou não da bola. Uma semana de angústia e contagem regressiva até o reencontro com a amada bolinha estava só começando.
A história escrita acima é um pequeno relato imaginário da infância de um menino, que um dia pode vir a brilhar nos gramados Mundo afora. Assim eles nascem, crescem e se desenvolvem para fazer o que melhor sabem, que é jogar pelada! Esta é uma síntese da nova cara da seleção de Mano Menezes que foi apresentada nesta terça-feira. É o futebol com “molecagem” e alegria que só brasileiro sabe fazer.
O clima no “Caixotão”, apelido dado pela turma por ser cercado de casas ao lado, é sempre descontraído e os curiosos ficam assistindo nas lages ou muros que cercam. Os garotos olham para o céu com medo da chuva. Verificado o céu ainda limpo, começa o “blá, blá, blá”, para serem escolhidos os times. Também gera a polêmica na hora do cara ou coroa para decidir o campo e quem tira a camisa para não confundir.
Estão lá no meio do campo Zezinho e Pedrinho para bater o par ou ímpar. A galera é repleta de bons de bola, mas sempre tem aquele que fica no pé do ouvido para cavar a escolha, e também influenciar dizendo “escolhe o fulano”. Bem, são coisas do mundo da bola. Zé iniciou a escolha. Pediu par e se deu bem, mas ia ter de tirar a camisa. Disse “Quero o Ganso!” – exclamou o menino. Pedro não perdeu tempo e falou. “O Neymar é meu então e o segundo escolhe dois. O Hernanes ta com nóis - retrucou o outro. O novato Mariola, preocupado, ainda tentou influenciar pedindo pela escolha do Victor para ficar no Gol. Na seqüência, Robinho foi o escolhido para a equipe sem camisa. Depois André para os adversários, e assim a escolha dos jogadores foi saindo até começar o jogo.
Neymar, abusado, ainda cismava em ficar com o campo. Mas, como a regra é clara, quem ganha na disputa de moeda, pode escolher. Bom, assim tá justo para os dois. A batalha começa e o time de Zezinho abriu do logo dois gols de diferença. Ganso e Robinho jogam tocando fácil até empurrar para o gol. Hernanes em cobrança de falta diminui colocando a bola onde queria. Pouco depois, Neymar sofreu pênalti bem cavadinho no campo de terra. O garoto travesso sempre chega em casa todo sujo. Até aí tudo bem. Foi quando Chico Pézão deu um chute bisonho e isolou a única bola que tinha. O pior é que caiu na casa do único vizinho que tinha saído naquele dia.
Sem bola e com tudo igual no placar, Robinho não parava de resmungar dizendo “Esse pé grande do Chico só serve para isolar bola!”. Ele ainda tentou juntar umas meias do pessoal da platéia para matar a vontade, mas a noite já começava a cair. A lua apareceu, nada de seu José voltar pra casa para devolver a redonda. Assim, a galera voltou pra casa com sede de mais. Todos naquela ansiedade pela devolução ou não da bola. Uma semana de angústia e contagem regressiva até o reencontro com a amada bolinha estava só começando.
A história escrita acima é um pequeno relato imaginário da infância de um menino, que um dia pode vir a brilhar nos gramados Mundo afora. Assim eles nascem, crescem e se desenvolvem para fazer o que melhor sabem, que é jogar pelada! Esta é uma síntese da nova cara da seleção de Mano Menezes que foi apresentada nesta terça-feira. É o futebol com “molecagem” e alegria que só brasileiro sabe fazer.