quinta-feira, 15 de março de 2012

Os novos velhos problemas do futebol brasileiro

Ricardo Teixeira em discurso na CBF (Foto: divulgação / CBF)

Os novos velhos problemas do futebol brasileiro

O mundo dá voltas, não pára, e os problemas se repetem no futebol brasileiro. Esta semana foi a vez da renúncia de Ricardo Teixeira, que deixou a presidência da CBF. Entre títulos e glórias deixou também em seu legado vários problemas e em um momento crítico, na reta final da preparação para a Copa de 2014.

O obscuro futuro da modalidade no País deixa só questionamentos e apostas. O modelo de gestão ultrapassado continuará e não resolverá nada do dia para noite. Mudar o comandante parece muito simples, a solução de tudo. Trocar o piloto não adianta se o funcionamento da “aeronave” continuar a mesma.

Se dentro de campo a renovação é fundamental, fora dele também é mais do que necessário. As dificuldades dos clubes, das federações e do calendário mal organizado são reflexo da falta de organização da entidade máxima. Sem um bom comando, não há ordem. Estranho até ler na bandeira brasileira “ordem e progresso”, se isto aqui é raro de se encontrar.

A força dos clubes unidos já foi demonstrada em outras ocasiões. Exemplo claro foi a criação do “Clube dos 13”, em 1987. Chegou a hora de uma nova revolução no Brasil. As entidades esportivas precisam se movimentar para que isso aconteça. Aos poucos as equipes estão entendendo a importância da infra-estrutura, da profissionalização. Os mega-eventos vieram no momento certo para colaborar neste sentido.

É preciso ainda uma conscientização geral para tudo funcionar bem. Isto vai desde o torcedor ao presidente da entidade máxima. E agora, será que estamos preparados para isso?

Na realidade o exemplo deveria vir de cima.

CASO ADRIANO

O caso do atacante aparenta ser um pouco incomum. Ele é o tipo do atleta que precisa estar em um ambiente em que se sinta bem. O problema soa mais pelo lado emocional do que físico. Com isso, a bola de neve só cresce: auto-estima baixa, não se cuida como deveria e conseqüentemente as lesões físicas que o impedem de ter o rendimento excepcional que poderia ter onde estiver.