domingo, 2 de maio de 2010

Vamos para a Guerra ou para a Copa?

Ganso comemora gol com Neymar no Campeonato Paulista 2010

O futebol arte está de volta. Pelo menos está a passeio no futebol brasileiro. Infelizmente não sabemos até quando vai durar essa molecada do Santos atuando de maneira ofensiva, entusiasmante, avassaladora em nossos gramados. Como é saboroso parar numa tarde de domingo para vê-los jogar. Fazia tempo que o esporte mais popular do mundo não juntava tanta gente boa de bola no mesmo time.

E, agora? Quando aparece uma galera tão empolgante não vamos aproveitar? Temos tudo para fazer uma grande Copa do Mundo em 2010. Dunga vem sendo criterioso, vencedor, resgatou o respeito pela camisa amarela e até mesmo a vontade dos jogadores em vesti-la. Não é fácil discutir sua conduta, mesmo sendo adepto de um futebol mais defensivo, sem dar show.

O fato é a seleção brasileira não vai para a terceira Guerra Mundial. Vai disputar um campeonato de seleções de futebol. E a melhor munição que pode ser levada para esta batalha é o talento. É o que temos de melhor. É o que o momento pede, a ocasião pede. É o que os Deuses do esporte imploram. Se realmente futebol é momento as melhores opções estão nos pés dos Meninos da Vila.

Ás vezes é válido voltar no tempo. Lá em 1962, onde o time Campeão tinha Pelé (jogou pouco aquela Copa), Zito, Coutinho, ambos do Santos. Em 1970, tinha Carlos Alberto Torres, Clodoaldo, Edu e Pelé em sua grande Copa. Porque não repetir a tradição com Paulo Henrique Ganso, Neymar e Robinho. Será que o Elano é tão melhor assim? Será que Ramires e Julio Baptista estão mesmo arrebentando lá fora? Eu não estou tão convencido disso. Só estou sabendo que o Adriano está completamente fora do contexto.

Gostaria de ter falado do jogo de hoje contra o Santo André. Mas nem precisa. Quem viu, viu. Quem não viu, solicite o vídeo tape. Eles jogam bola mesmo, fizeram a melhor campanha sim e não tem desculpa. São campeões de verdade. Ao Santo André também fica o respeito por ter jogado com tanta vontade, atitude, interesse em acabar com a festa santista. Valeu pelo grande trabalho feito pelo Sérgio Soares.

Para finalizar, meus parabéns a postura do camisa 17, Paulo Henrique Ganso, que deveria de carregar a numero 10 nas costas. Um autêntico comandante com e sem a bola nos pés. Não tem essa mesmo. Craque não se tira do jogo. O grande jogador tem que estar lá em todas as situações para resolver o problema. Postura de gente grande, de atleta que está com vontade de vencer.

Depois disso, creio que ninguém precisa assistir mais nada. Salve o futebol arte!