domingo, 27 de junho de 2010

Recurso eletronico: problema ou solução ?

O mata-mata da Copa do Mundo esta pegando fogo. Adrenalina a mil por hora dentro e fora de Campo. Agora sim a torneio começa a ficar interessante. Com jogos melhores tecnicamente, aliado a busca incessante pelo resultando, os gols bonitos aparecem e os placares ficam mais movimentados.

A fase decisiva traz sempre lances polemicos com ela. Como é difícil falar dos homens do apito. Um assunto velho, com lambanças novas. Se arbitragem em no torneio de bairro da esquina é motivo de preocupação, imaginem na maior competição de futebol do Mundo! Pois é. Um problema grande que as autoridades do esporte mais popular do mundo parecem pouco se preocupar.

Mais dois erros gritantes entraram para a historia das Copas, nas partidas deste domingo pelas oitavas-de-final do Mundial. O primeiro no gol não validado de Lampard, da eliminada seleção inglesa no jogo contra a Alemanha. O outro vacilo foi gol em feito por Tévez em posição de impedimento, diante do México. Nestes casos, quem sabe, recursos como chip e informação via ponto eletrônico poderiam tornar o futebol mais justo.

Não estou aqui tirando o mérito das merecidas classificações de, tanto Alemanha que apresentou um grande futebol, quanto da Argentina tão poderosa ofensivamente o tempo todo, apesar das falhas da zaga adversária. Estas duas equipes estão se destacando com uma mescla de beleza com eficiência e irão proporcionar um grande jogo no próximo sábado, na Cidade do Cabo. Será um jogo que terá cara de revanche depois de quatro anos, quando a Argentina acabou eliminada nesta mesa fase pelos alemães.

A tese do uso de recursos eletrônicos no esporte do 11 contra 11, gera muita discussão. Seria a favor apenas para tentar trazer justiça para dentro de campo, algo que no mundo da bola é coisa rara de se ver. Talvez seja exatamente por isso, que este esporte envolve tanta paixão. Então fica uma pergunta difícil de ser respondida: será que artifícios como estes tirariam o brilho do espetáculo?

terça-feira, 22 de junho de 2010

O "medley" de comportamento dos técnicos de futebol

No mundo do esporte aquático Natação existe o nado medley, aquele que numa só prova se reúne os quatro estilos de nado diferentes. A frase de início de conversa é só uma pequena analogia para tocar num assunto muito corriqueiro nesta Copa do Mundo, os diferentes tipos de comportamento dos treinadores nesta Copa. Podemos observar atitudes dos comandantes de, França, Brasil, Argentina e África do Sul.

Não sou muito a favor de comparações. Acho que cada um tem as suas características pessoais e profissionais. Isto é algo que vai existir sempre em qualquer profissão se você parar para pensar, pois as pessoas são diferentes por natureza. Mas vejo que a coisa vem passando dos limites nos últimos tempos.

Nesta brincadeira deste, “revezamento de atitudes” dos acima de tudo “professores”, ainda que nem todos sejam por formação, cada um vem mostrando ao mundo quem realmente é. Para inicio de conversa, os treinadores de futebol deveriam sempre dar o bom exemplo aos seus comandados, fãs, familiares, amigos, crianças, para quem quer que seja. Soa ás vezes a impressão, que alguns destes não tem noção da importância que seus cargos representam.

Vamos ao que interessa e falar um pouquinho de cada um dos quatro comandantes. Começando por Maradona. O técnico argentino como esportista não chega a ser espelho para ninguém, por levar seu charuto aos treinos e liberar álcool aos jogadores contando isso publicamente.No entanto, a sua irreverência se tornando uma figura “mítica” nesta Copa. Suas respostas como aquela se declarando a sua mulher “Yo amo una rubia muy...” - quando foi perguntado sobre seu relacionamento carinhoso demais com seus atletas é um claro exemplo de bom humor e estado de graça, felicidade.

No caminho contrário do relacionamento saudável aparece Dunga. O nosso treinador já é conhecido pela sua nítida expressão mal-humorada. Só que desta vez ele quebrou a barreira do respeito. Suas palavras pronunciadas ao Jornalista Alex Escobar da TV Globo, não são honrosas do cargo que exerce. É bem verdade que não se sabe das richas pessoais, mas que as resolva todas elas quando não estiver frente à imagem da seleção brasileira. O mínimo é ter dignidade de respeitar ao próximo.

Passando um pouco mais a diante, mais um episódio vexatório na maior competição de futebol. A recusa do já ex-técnico Francês Raymond Domenech em cumprimentar Carlos Alberto Parreira após a partida em que os dois foram eliminados. Além da atitude lamentável pela antiesportividade do técnico dos “bleus”, o que se imagina é que Domenech não deve conhecer a história do treinador brasileiro. Se soubesse não teria tido coragem de fazer o que fez.

Na aula de serenidade e dignidade, Carlos Alberto Parreira é acima de tudo sublime. Reconhecido, prestigiado, dono de uma história incrível de participar de oito Copas do Mundo, Parreira não precisava do aperto de mão do seu adversário. Mas se se mostrou um autêntico professor saindo por cima dentro e fora de campo. Cumpriu seu papel de técnico, de cidadão que com toda a certeza fez um bem ao povo africano.
As diferenças entre as pessoas vai existir. Agora cada um leva a sua consciência para casa.

domingo, 20 de junho de 2010

Estamos assistindo futebol ou rugby?

Keitá simula choque com Kaká durante a partida (Foto:reprodução)

A Copa do Mundo de 2010 não tem tido o brilho que a maior competição de futebol do planeta merece. Jogos ruins, falta de jogadores brilhantes, muitos empates, média de gols baixa e as chamadas “zebras” surpreendendo já na primeira fase. Aos poucos vai se apagando o brilhantismo da seleção da Espanha e a França classificada para a Copa aos trancos e barrancos já se desmantela. Inglaterra e Itália seguem sem encantar. Para não ser injusto também, não dá pra esquecer o bom início da Alemanha. O histórico dos alemães em Copas merece respeito, embora já tenha mostrado fragilidade.

De todas as seleções consideradas favoritas a que mais mostra força é a Argentina. O caso da equipe de Diego Maradona parece algo semelhante a um time de pelada. É como se o seu treinador distribuísse os coletes aos melhores e colocasse em campo para jogar. Tecnicamente se mostram muito fortes, porém sem a devida organização. Quando as jogadas saem é mais na inspiração técnica do que em jogadas maravilhosamente bem tramadas. Vale lembrar que os argentinos ainda não pegaram um adversário muito difícil.

A seleção brasileira mostrou uma grande evolução nesta partida difícil contra a Costa do Marfim. Depois de um início de jogo chato, travado sem muitas chances de gol, o jogo acabou se tornando uma verdadeira batalha com muitas faltas cometidas. A equipe de Dunga conseguiu mostrar em alguns momentos o que foi fazer na África do Sul. Os brasileiros foram jogar futebol. Com a melhora do desempenho de Kaká o talento de Luis Fabiano finalmente apareceu e assim o placar foi construído naturalmente. Ninguém de verde e amarelo está lá para dar pontapé em adversário, muito menos praticar agressão como mal interpretou o horrível trio de arbitragem comandado pelo francês Stephane Lannoy na colisão entre Keita e o Camisa 10 do Brasil.

Fica o registro da péssima atuação do arbitro debutante em mundiais totalmente sem critério em um jogo tão importante. Isto é algo capaz de tirar o brilho de um jogo de uma competição deste nível. Ainda não mostramos um espetáculo dentro das quatro linhas. É preciso mostrar muito mais para encantar, contudo é nítida a melhora da equipe nacional. Em um aspecto tenho de concordar com treinador brasileiro e dizer, que, num jogo como este, realmente é muito difícil mostrar futebol-arte. Embora na África o Rugby seja mais popular o que estamos querendo ver é o esporte com a bola redonda.

Deixo aqui uma pergunta: será que vão deixar os brasileiros mostrarem como se joga futebol?

CHUTE FINAL

Não gostaria de comentar a atitude de Dunga na sala de imprensa. Só acho que tanto os jornalistas quanto o próprio ex-jogador deveriam se preocupar cada um apenas com o próprio trabalho.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Valeu pelos três pontos

Jogadores comemoram com Elano o segundo gol (Foto: Globoesporte.com)

O coração bateu forte em todo Brasil. Na estréia do time pentacampeão mundial o mundo inteiro parou para ver. Se tratando do primeiro jogo da equipe na Copa 2010, o rumo da prosa não poderia ser muito diferente. O escrete canarinho se comportou de maneira muito nervosa na etapa inicial e a marcação dos adversários com praticamente todos os jogadores atrás da linha da bola dificultava o setor ofensivo dos comandados de Dunga. Nota-se uma grande carencia de um bom criador de jogadas. Kaká, ainda sem estar nas suas melhores condições chegou até a melhorar no decorrer da partida.

Na etapa final o time canarinho começou a soltar um pouco mais. Continuava sem apresentar um bom futebol, mas passou a ter mais movimentãção do meio para frente. Vejo a nossa seleção muito longe de ter um futebol alegre capaz de empolgar sua torcida. Contudo, as substituições do treinador pareceram animadoras, pois com a entrada de Daniel Alves, Ramires, e surpreedentemente Nilmar no lugar de Kaká dão a impressão que nas condições adversas o medo não serã impecilho para que seja colocado em campo um desenho tático mais ofensivo.

A equipe de uma maneira geral mostrou um futebol seguro em todos os setores. Precisa de retoques principalmente na saida de bola que é na maioria das vezes muito lenta. Na partida do próximo domingo diante da previsível Costa do Marfim que arrancou um empate sem gols contra Portugal, num jogo tecnicamente muito fraco, o selecionado brasileiro deverá entrar com mais ímpeto por já ser a segunda partida da competição.

Não vejo um cenário preocupante nem animador na seleção brasileira. De uma maneira geral a Copa de 2010 na maioria dos jogos não está sendo empolgante tecnicamente. Está faltando o brilho do talento de grandes jogadores. Acredito que apenas como tempo poderemos ter uma noção de verdade até aonde podemos ir.

Por enquanto os três pontos estão valendo!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

A hora da verdade

Kaká em treino de reconhecimento no Ellis Park

Está chegando a hora da verdade. A ansiedade só aumenta nas horas que antecedem o primeiro jogo do Brasil na Copa 2010. Agora não adianta mais pensar neste ou naquele jogador que perdeu o bonde rumo a Joanesburgo. Dunga constituiu uma família ao longo de se trabalho e acredita nela. Confiança e vontade acredito que estes serão ingredientes de sobra vistos no futebol do time canarinho. Se vamos voltar com o título isto algo é impossível de se dizer, pois seria quebrar o protocolo do imprevisível, do sabor real do esporte mais popular do mundo.

Voltando um pouquinho a fita, há quatro anos atrás era tudo um oba-oba só. O Brasil era praticamente hexacampeão. Em meio a toda aquela euforia do “quadrado mágico”, os treinamentos eram cercados de festa. Podemos hoje não ter o time dos sonhos na prancheta. Por outro lado, na prática temos um time vitorioso, sim. Podemos não estar confiantes como gostaríamos. Mas a verdade é que queremos sempre mudar. O alento que fica neste momento pré-estréia é de que os erros do passado parecem ter sido aprendidos. E disso ninguém pode reclamar da atual comissão técnica.

Vejo parte da imprensa reclamando e comentando do treino apelidado de ‘privativo’ pelo nosso treinador. Não consigo entender este tipo de questionamento feito por qualquer um que tenha criticado o trabalho de Parreira em 2006. Não sou adepto à camisa de força, escravidão, tampouco o exílio da seleção brasileira em qualquer lugar no mundo. Contudo, reconheço que chegou a hora de botar tudo no lugar. Acertar os detalhes antes da bola rolar oficialmente. Acho que já deu pra perceber nestes primeiros jogos como vai ser disputado este mundial. Média de gols baixa, jogo estudado e decido em fração de segundos. Se não temos muitos jogadores brilhantes tecnicamente é bom que fique tudo bem ensaiado.

Para fechar. Não acredito em mudança na escalação dos onze titulares para a estréia. Está tudo definido. No entanto, creio que alguns jogadores irão ganhar espaço durante a competição. Ramires é o candidato mais forte à surpresa. Thiago Silva pode barrar Juan, que não tem me inspirado muita confiança. Daniel Alves é o autentico coringa. Já no ataque, Nilmar pode ser um bom trunfo durante as partidas.

Agora é contar os minutos para o jogo começar. Força Brasil!