quarta-feira, 28 de julho de 2010

Mano Menezes se apresenta na seleção querendo "futebol moleque"

Foto: Vipcomm

A seleção mais importante do Mundo tem um novo treinador. Depois da tentativa frustrada em contratar Muricy Ramalho, a CBF escolheu Mano Menezes para ficar à frente de um projeto de longo prazo na seleção brasileira. Esta nova fase inclui o planejamento das Olimpíadas de Londres em 2012, a Copa de 14 no Brasil e também os nossos jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Uma boa tacada da confederação brasileira de futebol, pois já se reflete no papel um pensamento que se torna obrigação colocar em prática: a renovação.

Diferentemente de Dunga, Mano sabe o que responde. O atual técnico aparenta ter em sua conduta, a mescla de seriedade com serenidade e até sinceridade. Além dos novos nomes chamados, outro detalhe muito positivo neste inicio, é que o clima no auditório escolhido para realizar o anúncio é bem menos tenso. Também dá para perceber o orgulho do treinador de estar onde está, por já ter passado por diversas situações na carreira. Assim, ele valoriza o seu novo cargo.

Não sou muito a favor de comparações e seria extremante precipitada qualquer que seja feita entre o atual e antigo técnico. O fato é que partir de agora, a missão do ex-treinador do Corinthians é por o futebol brasileiro com a sua verdadeira cara, algo que já está sendo colocado em prática. A aparição de nomes com as características “molequentas”de Paulo Ganso, Neymar, Hernanes e André é um bom começo.

Para o primeiro momento as surpresas foram positivas. Creio que a inédita medalha de ouro Olímpica seja uma obsessão, não só dele, mas de todos os brasileiros. Precisaremos ter calma e paciência para atingirmos os objetivos aos poucos. Agora estou convencido de que, quando todos os jogadores estiverem à sua disposição, vai dar um samba bonito dentro de campo.

Assim, quem sabe, poderemos fazer jus ao o nome sugerido (“samba”) para a bola da Copa de 2014.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Muricy chegou e o profissionalismo voltou

Muricy Ramalho é o substituto do treineiro-estampa com nome de Dunga. Acaba a era da imagem, da força, da maneira de vencer a qualquer custo e agora teremos um professor de futebol de verdade. Voltamos para a era do profissionalismo. O novo comandante verde e amarelo têm um currículo invejável, e ainda carrega em sua bagagem rumo à CBF os ensinamentos de um grande sábio do futebol, Telê Santana.

O esporte mais popular do Mundo vive de resultado. Por isso, creio que a escolha feita por Ricardo Teixeira foi no mínimo justa. Nos últimos anos foram conquistas de três campeonatos brasileiros consecutivos comandando o São Paulo. Também se leva em conta as boas participações em Libertadores e Campeonatos Estaduais.

Muricy precisará de tempo para mostrar seu trabalho. Algo bem cruel no futebol, pois tudo acontece muito rápido. Na próxima segunda-feira, o técnico já fará sua primeira convocação. No dia 10 de agosto já tem amistoso contra os Estados Unidos, em Nova Jersey.

Agora, a expectativa que fica é não só de saber dos novos convocados. Na próxima semana também será feito o anúncio da comissão técnica completa. Pela seriedade de trabalho do novo chefe, certamente este time de profissionais de fora de campo será de alto gabarito.

Precisamos tentar conter a euforia com a novidade. Será necessário muito critério de todos nós a partir de agora. Temos jovens valores em nosso futebol com muito talento e que não podem ser jogados na fogueira do dia para a noite. A nova geração não pode ser tratada como salvadora da pátria. Tampouco pode ser vista como pronta para resolver um problema construído pelo insucesso do time brasileiro na Copa de 2010.

O torcedor terá de ter paciência, pois a renovação deverá ser feita gradativamente. Quem sabe assim nossas jóias poderão ser lapidadas para dar um show de bola e de eficiência em 2014.








domingo, 11 de julho de 2010

A Copa dos elementos épicos

Jogadores da Espanham comemoram título (Foto:Reuters)

Uma estrela brilha na camisa da merecedora Espanha, campeã com todos os méritos desta Copa do Mundo de 2010. Mesmo sem ter sido irretocável em sua campanha, a equipe de Vicente Del Bosque, mostrou futebol de time campeão, que vinha embalada pelo histórico positivo desde a conquista da Eurocopa 2008. Os espanhóis foram merecedores do título, numa competição de tantas novidades. Uma partida final com desfecho épico, e que ficará marcado na história do futebol na noite deste 11 de julho de 2010 com esta vitória por 1 a 0 sobre a Holanda, na prorrogação no Soccer City, em Joanesburgo.

A partida por si só, já trazia o elemento do ineditismo de uma final entre Holanda e Espanha. Principalmente pelo novo campeão, um ainda debutante em decisões da maior competição de futebol. E, pelo lado do time vencido, que acabou vice pela terceira vez em sua história. A derrota, em si, não apagará boa campanha da equipe laranja, pois já fazia tempo que o trabalho não era tão positivo. Mas, o time holandês manchou sua passagem na África por ter apelado para a violência em vários momentos neste jogo.

O triunfo do time espanhol traz boas lições ao mundo do futebol. Como em tudo na vida, renovação e planejamento são elementos fundamentais para o sucesso. É bom também ter sempre capacidade de repensar, apostar, acreditar e não abaixar a cabeça nos momentos de dificuldade. A equipe liderada pelo capitão Iker Casillas tinha componentes dentro e fora do gramado, que agregavam os valores necessários para um bom desempenho dos jogadores.

As águas das lágrimas do goleiro Casillas após o gol de Iniesta é algo para se admirar. As gotas jorradas pelo jogador mostram que ainda existe paixão no futebol, orgulho, vontade e satisfação. A bela imagem ajuda a limpar um pouco da imagem da falta de amor neste esporte, algo muito comentado nos últimos tempos.

Tivemos uma competição que serviu de lição para nós brasileiros. Precisamos fazer muito para receber pela segunda vez o maior evento esportivo do Mundo em 2014. Espera-se que os exemplos sejam observados e seguidos. Tanto dentro, quanto fora de campo.




quinta-feira, 1 de julho de 2010

Um jogo com cara de Copa do Mundo

(Foto : Montagem Globoesporte.com)

Nesta sexta a seleção brasileira quase volta no tempo. Para os adversários é uma revanche dos dois últimos confrontos em que levamos a melhor, nas Copas de 1994 e 1998. Ao escrete canarinho, pode ser o jogo da afirmação. Em meio a críticas, devagarzinho o time de Dunga vem conquistando confiança e passando esse sentimento ao seu torcedor.

O momento agora é outro, bem diferente dos encontros anteriores. A equipe holandesa tem um time renovado, revigorado, com jogadores velozes, jovens, habilidosos e até de nome. Robben, Sjneider e Van Persie são perigosos. O que a seleção brasileira precisa fazer, é repetir o que fazendo, jogando seu futebol sem se preocupar com a camisa do time oposto. É manter a mesma seriedade durante todos os segundos em campo. Não estamos apresentando um futebol vistoso, porém eficiente.

A escola do adversário também é forte. Pode até faltar um pouco de camisa em algumas situações. Creio que a juventude time de laranja poderá ser um fator a ser explorado. A tendência é que sintam a pressão dos seus opositores de verde e amarelo. Pelo lado dos nossos representantes, será muito importante ter calma nos primeiros minutos de jogo, para por em prática tudo que sabem em campo. E, se motivação para atuar em jogo de Copa do Mundo não costuma faltar, para esta partida poderá ser ainda maior, ao passo que um grande ídolo da Holanda, Johan Cruyff, desprezou publicamente os jogadores atuais do Brasil em comparação aos ídolos das nossas gerações anteriores.

Gosto de tentar ser o mais justo possível em minhas análises. Vejo que, caso, a nossa seleção saia de campo derrotada, não considero que será nenhuma catástrofe. Teoricamente, é claro, temos tudo para continuar na competição, pela boa evolução que tivemos. Creio que espírito de luta, nem ousadia, estão faltando nem faltará para a vaga ser nossa e até conquistarmos o título. Mas, nós daqui de fora, precisamos ter coragem de reconhecer também, que dentro de campo são sempre 11 contra 11, e vencerá quem fizer o melhor durante os 90 minutos.