Armando no Maracanã nos anos 1990
O maior cronista esportivo do País, Armando Nogueira, também ‘Pai do telejornalismo brasileiro’ e fundador do Jornal Nacional, nos deixou neste 29 de março de 2010. Com os seus sábios 83 anos idade deve ter chegado ao céu pleno, por ter feito tanta coisa boa na terra. O caminho até o seu lugar no paraíso, pode ter sido semelhante a um de seus vôos de ultraleve, uma de suas diversões nas horas vagas. Desfrutar do horizonte era, para ele, algo celestial. Armando tinha aquela inveja boa dos pássaros, que tem a felicidade de ter uma visão mais amplificada do mundo. Os animais voadores eram sempre observados com carinho ao vento quando estava pelas alturas.
Suas palavras de encantamento pelo esporte formulavam mais do que frases. Eram declarações de amor que saiam do lado esquerdo do seu peito. Quanto ao mundo do futebol, nem se fala. Seu lirismo e romantismo faziam mais do que sintetizar qualquer fato ou momento do mundo da bola. Armando era capaz de tocar os apaixonados pelo mundo futebolístico com frases curtas, objetivas com a sinceridade de quem ama o que faz.
Nesta relação amorosa bola-Armando Nogueira, o Jornalista será eternamente lembrado como alguém memorável. Me arriscaria a dizer que ele foi o Pelé do Jornalismo Esportivo. Graças a Deus o cronista teve o privilégio de viver tantas coisas boas. Sua época de tantos momentos épicos de tantos craques, tanta arte, tanto brilho com jogadores como: Garrincha, Pelé, Zico, Sócrates, Dinamite, Nilton Santos, Romário, Ronaldo, entre outros mais, que admirava a com a simplicidade de um apaixonado e os tratavam em seus textos com a devida elegância do futebol da época.
Nos últimos tempos o futebol anda escasso dos momentos de alegria dentro de campo. Pode se dizer que em nosso território, hoje, talvez apenas o time do Santos fizesse Armando se inspirar assistindo a elegância de Paulo Henrique Ganso, acompanhado da ‘molecagem’ de Neymar e Robinho brincando de jogar bola. Neste embalo sim o poeta do futebol poderia transformar em palavras toda sua paixão. Quem sabe ainda colocar em sua gaita, uma melodia como fundo musical para as recentes comemorações em ritmo de dança para os Meninos da Vila.
Armando Nogueira para mim será eterno. É um espelho, um exemplo, um ícone, um sábio da vida e do mundo do esporte.
Descanse em paz e ilumine os caminhos daqueles que aqui estão. Dentro e fora das quatro linhas sempre!
Kadu Braga
2 comentários:
Um gigante. Uma lenda. Todos devíamos nos inspirar nele. Melhor jornalista que o Brasil já teve.
Que lindo, Kadu!
Ele serviu de exemplo para tantos grandes que hoje aí estão e o chamam de mestre...Até para jornalista que não é do esporte.
Era um homem que sabia ser Botafoguense sem ser parcial.
Foi reverenciado por todos.
Bela homnagem...
Beijo
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