segunda-feira, 19 de abril de 2010
A partida que não vai acabar
O jogo dos tempos modernos. O clássico da primeira década do milênio. A partida que não acabará na memória de quem assistiu, por envolver tanta rivalidade num confronto histórico e pela quebra de um tabu que durou três anos. Uma tarde eterna para o botafoguense. Um dia para o flamenguista esquecer, embora tenha sido uma derrota normal de uma final de regional, onde não se pode fazer muitos prognósticos.
Um campeonato que começou conturbado para o time alvinegro. No lado oposto os rubro-negros iniciaram embalados pela conquista Brasileirão 2009. Mas, como futebol é momento, tudo está sujeito a alteração sem aviso prévio. Joel assumiu e fez do seu time uma família unida a ponto da equipe entrar em campo de mãos dadas na final deste domingo. Já Andrade passou a conviver com os problemas fora de campo. O Imperador cercado de mistérios, Petkovic falando mais do que rendendo, assim por diante.
Dentro de campo foi mais uma partida recheada de equilíbrio a exemplo dos anos anteriores. Pode ser visto até mesmo um duelo tático, onde o mais experiente conseguiu levar a melhor com um futebol de apenas eficiência, sobre o ainda debutante em Cariocas como técnico, Andrade.
Entre as quatro linhas também se viu um árbitro corajoso e criterioso na marcação das penalidades para os dois lados, embora este seja sempre um assunto polêmico pela raridade de rigor adotada pelo homem de amarelo.
Os 90 minutos, em si, não foram brilhantes tecnicamente. Para ilustrar, podemos dizer que as cobranças de alternadas de pênaltis aconteceram durante a partida. Nesta disputa a parte, Jefferson levou a melhor com méritos sobre Adriano, que não merecia se consagrar desta vez por tudo de errado que vem fazendo em sua carreira nos últimos tempos – e olha que ele joga pelo seu time do coração! Lamentável.
Diferentemente dos anos anteriores, a equipe do presidente Mauricio Assumpção teve segurança embaixo de suas traves durante todo o campeonato. Nota-se evolução e aprendizado com os erros do passado, algo fundamental para atingir o sucesso. Aquela frase se repete “um bom time começa por um bom goleiro”, embora o time da estrela solitária esteja longe de ser brilhante.
Aos alvinegros, segurar Joel e se reforçar será fundamental daqui para diante. Não se iluda com a conquista merecida. Para a turma do barulho da Gávea, o primeiro passo é seguir na Libertadores, se não tudo vai desandar de vez.
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