segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

ATÉ ONDE VAI O PREJUÍZO PARA OS DONOS DA FESTA?


Os Campeonatos Estaduais começaram e a repercussão dos primeiros jogos não se limitou aos gols dentro de campo. A discussão do momento é a falta de público nos estádios. A imprensa, os torcedores, os dirigentes, os patrocinadores, está todo mundo tentando entender a raiz do problema.

O debate sobre o assunto vai longe. O jogo de interesses fora das quatro linhas gera prejuízo principalmente as entidades esportivas. De um lado: o clube – atualmente totalmente refém da receita das TVs aberta e paga.  Do outro: as emissoras que precisam do conteúdo e geram receita via Futebol, a grande paixão nacional.

Em tese a jogada deveria ser boa para todos os lados: numero de jogos relevante, consequentemente  boa receita de TV, exposição evidente das marcas dos parceiros dos clubes em várias  partidas. Bom negócio também para a televisão que vive de ofecer entretenimento aos seus assinantes.

Contudo, nosso calendário não favorece. Temos 23 datas a cumprir. Numero excessívo. Grande parte dos jogos não desperta interesse do grande público. Para “mascarar” a péssima receita, os clubes abusam dos preços dos ingressos – agrava ainda mais a situação.  O horário de realização não passa de uma imposição das geradoras de conteúdo.

Observando a programação há partidas entre clubes grandes e de menor expressão aos domingos, às 19h30, no Stadium Rio (Engenhão). Este e principal Arena esportiva do Rio de Janeiro, apesar de já ter melhorado seu acesso e serviços, não possui uma enorme simpatia dos torcedores cariocas.

Outro detalhe que parece besteira mas faz sentido é a época do ano em que acontecem as competições regionais. Pesa no bolso da massa e até da elite partidas de futebol com preços excessivos após as comemorações de fim de ano e no ínterim das festas de Carnaval.
Uma solução poderia ser mudança no sistema de disputa, reduzindo um pouco o número de jogos, sem ter de excluir algum clube de menor porte da competição.

Na prática, ações relativamente simples já poderiam ser feitas melhorar o espetáculo de uma forma geral. Os grandes clubes não sabem fazer do “gameday” uma grande festa, que estimula o torcedor a comparecer.

No Brasil a cultura do próprio povo não permite algumas coisas. Bares e restaurantes, ou churrascarias não podem ser bem exploradas nos Estádios e os clubes deixam de faturar com isso. Em meio a isto, várias atrações poderiam ser incluídas como shows antes ou depois dos jogos, promoções gerando interatividade com torcedores dando oportunidades para realização de ativação de marketing, etc.

O placar acaba desfavorável aos clubes, verdadeiros donos do produto. A pergunta que fica: até quando eles vão aguentar?

*Fotos: 1. globoesporte.com  2.Arquivo google internet 3. Site UOL.

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