segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Os primeiros toques de 2015

O tempo passa, o tempo voa. Já estamos terminando o primeiro mês do aguardado 2015. Depois de um ano que deu a maior lição de todos os tempos no futebol brasileiro com o fatídico 7 x 1 na Copa, o mercado está ávido por mudanças. Isto é, tanto no meio organizacional em sua estrutura, bem como no espetáculo. Tanto no ponto de vista esportivo, e ainda no aspecto do entretenimento que ainda engatinha no Brasil.

Pontos fortes e fracos de desenham nesta primeira fase do ano. A fase lenta pré-carnaval segue firme no Brasil. É aquele esquenta interminável. Pernas inquietas para os que desejam crescer. Fica mais complexo ainda quando o sóbrio num "insight" de realidade lembra da capa do jornal.  Ele sabe que as pernas do país, em si, não está nada bem. O time do coração, neste caso, é um mero detalhe.

Mas vamos lá. Na verdade, o relógio já está contando. A pré temporada mais longa deixa um saldo bem positivo. Por outro lado, algumas ressalvas a se fazer colocam um contra ponto negativo ao nosso futebol.

Pelo lado bom, a Integração entre equipes, clubes, jogadores, técnicos do futebol em âmbito nacional e internacional. Algo bem produtivo para o marketing dos clubes que sabendo trabalhar ampliam bem o leque de faturamento, muito além da renda do jogo ou torneio amistoso.

Esportivamente, o futebol do Rio de Janeiro, começa sem muito brilho para temporada: Flamengo fez acertos pontuais interessantes.  Fluminense, salvo a perda de Dário Conca, também manteve uma base de 2014. Vasco mostrou que precisa melhorar muito para se manter vivo. Por fim, o Botafogo com uma equipe totalmente renovada e sem ídolos é uma incógnita e precisará convencer a torcida e voltar a elite.

Os pontos que enfraquecem nosso espetáculo

O Cruzeiro, Bi-Campeão Brasileiro, “revelou” três grandes jogadores nos últimos dois anos. Ricardo Goulart, Éverton Ribeiro e Lucas Silva. Os dois primeiros seguem para centros sem tradição. Muito dinheiro, mas planejamento de carreira esquecido. A tendência é que se afastem da seleção. "Pior para fatos". Pior para todos.

A outra baixa do fim de semana é o tratamento dado pela mídia ao Red Bull Brasil, equipe da Série A1 do Campeonato Paulista (Paulistão Itaipava). Grandes emissoras do Brasil estão nomeando de “RB Brasil”, e ainda alterando o escudo da equipe. É uma autêntica bola fora ao esporte brasileiro que está lutando para se desenvolver e se reerguer. Isto só afasta investidores.

Para fechar a conta, temos ainda o imbróglio com a precificação dos ingressos. Precisamos torná-lo rentável novamente. Só será possível com uma força tarefa de todos. Federação, Clubes, Dirigentes e patrocinadores.  Todos precisam ter bom senso para chegar a um consenso. É preciso gerar interesse , fazer entretenimento, e abrir espaço para que os anunciantes (parceiros) do campeonato e das equipes possam chamar a torcida aos estádios. Sem isto nossa média de público só se deteriorará.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

O ano para o brasileiro lembrar


Quando a coisa dá errado vem logo aquele clichê: “o ano para esquecer”. Acredito cada vez mais no contrário. Aquilo que deu errado é preciso estar bem claro para se lembrar sempre, mas não errar de novo. Isso retrata um pouco daquilo que o brasileiro viveu em 2014. Uma Copa do Mundo maravilhosa fora de campo. Já dentro, todo mundo sabe o que aconteceu. Nas urnas também.

A palavra planejamento deve estar na ponta da língua para quem quer fazer sucesso. Seja para um fim de semana de férias, seja para planejar uma Copa do Mundo. A seleção foi no ímpeto da camisa, do embalo da torcida, e da grande fase da equipe um ano antes. Deu no que deu. É preciso uma reforma geral na nossa gestão para reparar as coisas. Que sirva de lição. Dunga não é o meu favorito. O fato de não ter medo de mudanças pode ser extremamente positivo. Quem aprendeu a perder, pode aprender a ganhar.

O futebol carioca conseguiu a façanha de passar o ano em branco. A começar pelo Botafogo que conseguiu ir da bonança na Libertadores, à tempestade da segundona. Seguiu a cartilha direitinho para um time que deseja se classificar para Série B. E conseguiu. Maurício Assumpção é um “verdadeiro herói”.

Ainda sobre o ano sem brilho, o Flamengo conseguiu se safar da confusão graças aquela palavrinha mágica: planejamento. Fez uso tarde dela, mas fez. Chegou perto do Bi da Copa do Brasil e se manteve na Série A. Graças a experiência de Luxa que conseguiu segurar a onda e fazer uma coisa de cada vez.

Já o Fluminense jogou para o gasto. Algumas derrotas lamentáveis tiraram o Flu de embarcar para a América. Não há motivos para crise, tampouco protestos de meia dúzia de desocupados porta do clube.

O Vasco subiu. Na marra.  Na obrigação. Infelizmente o futuro fica nas mãos da “Cartolagem” de Eurico, o verdadeiro veneno do futebol brasileiro.

2014 foi o ano para o Brasil lembrar. Esquecer jamais. No futebol e na política o brasileiro errou feio este ano.

Quem sabe, em 2018, vamos lembrar para fazer diferente?



terça-feira, 23 de setembro de 2014

7 Vezes Golaço: você faz parte desta história

Sete! Conta de mentiroso. Mas é verdade.  Passaram-se sete anos do primeiro artigo escrito no aqui blog. Ao reler o primeiro texto, falava naquele 23 de setembro de 2007, do mundo globalizado no futebol, do encontro de Pelé e Didi Mocó e da rodada do Brasileirão. Eu, ainda um estudante, quase debutante, aspirante a jornalista, apaixonado por futebol, por escrever, e pelo rádio que teve grande influência positiva durante anos da minha infância para baixo e para cima com meu pai. Os erros bobos de grafia, o que é muito comum quando se começa. Mas, muita vontade e paixão desde sempre.

Ao longo destes anos muita coisa mudou na minha vida. Muito aprendizado todos os dias.  Erros. Acertos. Dúvidas. Certezas. Incertezas. Conquistas. Várias conquistas, sim. Mesmo com  as dificuldades de  principiante, tinha certeza dentro de mim que o caminho estava certo, independente pela rota que passasse. Vieram as primeiras experiências em diferentes mídias: impresso, rádio, internet, mobile. Até conquistar o primeiro título de Jornalista, em 2011.

E o destino, como dizia um grande ídolo meu, o saudoso jornalista Luiz Mendes, "O Futebol tem suas esquinas do destino, como tudo o mais".  O destino me trouxe aos poucos para o outro lado da mesa. De quem estudou para gerar notícia, passou a trabalhar para produzir notícia. João Henrique Areias, um dos precursores do marketing esportivo no Brasil, a quem sou muito grato, me "roubou", no bom sentido, das laudas e das pautas para o mundo dos negócios.  

Entrei para o business mas não perdi a paixão pelo texto, pelo rádio por tudo que sempre admirei e sonhei e sonho na minha vida. Meu senso crítico, honesto, sincero, continua mais vivo do que nunca sete anos depois. E eu vou lutar por isso fora dos gramados, quadras, tatames e ginásios. Por onde passar. Os aprendizados no mundo "cão" dos bastidores do esporte tem sido imensos, e que continuam me fazendo crescer aos poucos. 

Hoje sou movido a desafios. Me conheço mais a cada dia que passa. Depois de passar por agências de marketing esportivo, conhecer e trabalhar com grandes profissionais da área, criei a GMA Brasil, em 2012, quando tudo parecia clarear. Mas nublou. Sobrevivi "na raça" a tempestade. Realizei meu primeiro case Arena C30 um ano depois. Virei  mais do que nunca chefe de mim mesmo aos 25 anos de idade. Passei a tomar decisões. E venho renascendo aos poucos em busca do meu espaço. No próximo mês, vem a celebração de mais um título de MBA em Marketing, pela PUC-RJ.

Atualmente vivo um novo desafio rumo aos Jogos Paralímpicos Rio 2016, trabalhando para Angra Assessoria. Como diz sempre mundo da bola, "continuo buscando o meu melhor".  Ah, "que clichê", é a cara do futebol. Porém digo ouvindo a voz  do meu coração. Sempre fiz e farei todos os dias da minha vida. Sou e serei eternamente grato a todos vocês que fazem parte desta história. E estou aqui para fazer história.

Estamos aqui para isso. Aproveito para encerrar com a mesma frase que curiosamente fechei aquele primeiro texto: no fim das contas ninguém é dono do tempo.

Beijo no coração!

Kadu Braga






terça-feira, 8 de julho de 2014

Foi só complicar o simples: Alemanha 7 x 1 Brasil

Parreira disse uma vez: "É fácil falar: tira fulano, coloca beltrano. Até minha mãe fala isso".  É verdade. Muitas palavras se vão ao vento com a mesma facilidade que são pronunciadas. Fazer é o mais difícil. Desta vez, Felipão e Parreira não conseguiram.

Explicação? Explicar o inexplicável. O inimaginável. O imprevisível. Imprevisível, sim.  O Brasil tinha time suficiente para bater qualquer um. Mesmo sem Neymar e Thiago Siva. Era possível jogar de igual para igual com a Alemanha e disputar a final. Bastava fazer mais simples. Poderia ganhar ou perder, porém de forma mais normal.

No mundo do futebol se vai de herói a vilão e vice-versa numa fração de segundos. Na tomada de uma simples decisão de por 'beltrano ao invéz de ciclano'.  Desta vez Felipão pecou pelo excesso ao optar por Bernard. Poderia muito bem sentir o panorama do jogo entrando no tradicional 4-4-2, colocando mais um meia para tentar congestionar o bom toque de bola alemão.  E foi assim que o time treinou.

Ao longo da competição a maior crítica era  a falta de meio campo criativo. Não tivemos um camisa 10 clássico para trabalhar a bola, pensar o jogo e achar os atacantes em posição favorável para marcar. Hoje não tivemos nem meio, nem defesa, nem ataque.  

Errar é humano. Insistir no erro é omissão. É inoperância. Após levar o terceiro gol, alterar a equipe é algo natural. Ainda mais da forma como o jogo andava. Ou se esperava um lampejo de talento de Fred, Hulk, Bernard e Oscar apáticos em campo?

Faltou ainda um verdadeiro líder dentro de campo para tentar acalmar o jogo. Cair no chão. Esfriar o jogo. Nem isso os jogadores brasileiros tiveram a percepção de fazer na tentativa de arrumar o rumo da prosa.

Há de se reconhecer é claro a superioridade do adversário. A qualidade. A eficiência. Mereceram com todas as letras a vitória histórica por 7 a 1.  

Vale ressaltar a ascenção em vários sentidos do futebol da equipe de Klose - agora o maior artilheiro das Copas, no passado recente.  O trabalho feito na valorizada e organizada Bundesliga reflete na camisa do selecionado.

Que todos acordem amanhã não pensando mais na lesão do craque Neymar. E sim em fazer um papel digno do futebol pentacampeão contra quem vier para encerrar de pé a 'Copa das Copas'.


segunda-feira, 9 de junho de 2014

A Copa no quintal de casa

A contagem regressiva começou. Faltam poucas horas para o início da Copa do Mundo no Brasil. Quem diria. Do bordão #imaginaafesta ao #nãovaitercopa o povo se divide e se une ao mesmo tempo. Se enrola na bandeira com no grito de gol com a bandeira e ela vira pano de chão com a realidade da falta de desenvolvimento.

Vai ter Copa sim. Se vai ser a Copa das Copas os próximos dias nos mostrarão. Seja ganhando seja perdendo. Vai ser a Copa com a cara do Brasil. Tudo do jeito improvisado, ao mesmo tempo alegre de ser.  Na verdade, a culpa da insatisfação geral é do governo que além de não entregar, criou uma senhora expectativa em torno do evento. Todo mundo achou que viveríamos o primeiro mundo durante este mês e o legado ficaria sempre.

Nada foi feito? Mentira! Mas muito pouco... Muita coisa foi chutada ou esquecida pelo Governo. Culpa da FIFA? Mentira! Ela é a dona do evento, fez suas exigências e o Brasil aceitou. Inclusive o povo que acordou tarde demais quando viu que nada daquilo projetado seria entregue.

A Copa é além de uma grande festa um baita catalizador de investimentos sim, além da visibilidade mundial que proporciona. Porém, Infelizmente nem mesmo os grandes e pequenos clubes de futebol conseguiram se planejar suficientemente para melhorar suas estruturas para receber os maiores jogadores de futebol no planeta. Temos hoje apenas 12 novas Arenas. Algumas talvez ainda sem um grande futuro pela frente.

Fica o gosto de quero mais. Pelo lado esportivo nossa seleção parece estar no caminho certo. Sofre da dependência clara de Neymar. É verdade. E isso acontece justamente pela falta de estrutura. De uma gama de opções, de ídolos nacionais. Nas últimas três Copas tinhas sempre dois, três, quatro grandes estrelas. Hoje temos apenas uma em sua primeira oportunidade.

Para ganhar a Copa não bastará ter apenas o experiente Felipão e sua comissão. Futebol são 11 contra 11. É talento. É magia. É  bola na rede. É improviso. E se nisso o brasileiro é mestre.


Que façam dar certo assim tanto dentro e fora de campo. Boa sorte, Brasil.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

O novo-velho cartão de visitas do Brasil

Muito prazer: Brasil. Demorou apenas um minuto e trinta e três segundos para começar a festa. Foi uma verdadeira aula de futebol diante da temida e invicta Espanha após 26 jogos. O gol de Fred no início da partida colocou o time e a torcida numa verdadeira sintonia ainda mais fina.

Só quem viveu a experiência conseguiu sentir a presença dos ‘Deuses do Futebol’. A energia era diferente mesmo da vitória por 3 a 0, diante dos espanhóis no Maracanã.

Esportivamente Felipão acertou em cheio.  O comandante da seleção tem uma capacidade incrível de aproveitar ao máximo de cada atleta. Parreira além de um gestor experiente sabe lidar muito bem com grupo. A dupla fora de campo está construindo uma equipe com a cara do Brasil. Uma geração jovem, muito talentosa e ao mesmo tempo madura.

O destaque de Neymar foi o verdadeiro cartão de visitas que precisávamos. É o novo-velho selo qualidade na seleção brasileira. Um jogador que mistura arte com objetividade. A impressão que se têm é que o craque brasileiro ‘custou barato ao Barcelona’. Somando seu talento com a experiência que irá adquirir na Europa ajudará ainda mais a seleção brasileira em 2014.

A experiência do ‘Gameday’ foi a melhor possível. Sem grandes problemas a torcida teve oportunidade de aproveitar o espetáculo de forma saudável. O transporte público integrado para os torcedores foi uma tacada acertada da organização.

 O clima de festa com atração musical, os quiosques dos patrocinadores para ativação de marcas como Sony, Coca-Cola, Adidas, Budweiser, Hyundai e outras parceiras proporcionaram entretenimento de alto nível aos torcedores. São grandes corporações fortalecendo suas marcas em ambiente único. Assim, o alto investimento na esfera esportiva se justifica já que vai além da simples exposição da logomarca. Ele toca diretamente na emoção da experiência positiva do torcedor.

A vitória do Brasil ajudará muito no engajamento do povo para a competição principal no próximo ano. O sucesso em campo às vezes torna-se um elemento engajador até mesmo no ponto de vista de marketing, já que vivemos um momento de união por um país mais justo e sério no ponto de vista governamental.

 Agora, comemorações à parte, entramos em contagem regressiva. Temos menos de um ano para ajustar os detalhes que deram errado no evento teste. É fazer o resultado positivo de dentro das quatro linhas aparecer no lado de fora, pois a dimensão  e a responsabilidade da Copa do Mundo é bem maior.

terça-feira, 18 de junho de 2013

POR UM NOVO CONCEITO? QUE SEJA!

Há pouco mais de 15 dias Brasil X Inglaterra entraram em campo no Maracanã, em jogo teste para Copa das Confederações.  O desempenho do time em campo não é o assunto do momento e parece que o jogo agora é fora de campo.  Naquele dia senti falta de nacionalismo da torcida brasileira. Os brasileiros se mantiveram praticamente calados ao longo daqueles 90 minutos de partida. Nem mesmo o tradicional “Eu sou brasileiro com muito orgulho e com muito amor", foi entoado pelos espectadores”.

O brasileiro já não sente mais orgulho. A aproximação do povo brasileiro com a Copa, apesar de ser em nosso território não é tão grande. Talvez nem mesmo um marketing eficiente dos órgãos competentes seja capaz de proporcionar isso. O preço abusivo dos ingressos é outro fator claro que deixa o verdadeiro torcedor brasileiro fora do espetáculo. Será que está todo mundo se sentindo vendido à FIFA?

Mas a verdadeira questão está muito além de uma partida de futebol. Ganhar ou perder a competição não é o mais importante agora. A população brasileira acordou para o descaso que está acontecendo neste Brasil há um longo tempo. Está todo mundo cansado de ser enganado. Os protestos mostram a cara de um novo pensamento unificado. É a mescla da alta sociedade com o trabalhador humilde.

Com certeza não é por 20 centavos.  Torçamos para que seja muito além disso. Que seja então por um novo conceito. Assim, na hora de ir às urnas, que ninguém se venda por nada e faça sua parte na hora de escolher o poder.

Assim ficará mais fácil o Brasil ser campeão de verdade fora dos gramados. 

(Foto: Site Uol)