quarta-feira, 21 de março de 2012

Uma nova Era do Futebol: estamos perdendo a identidade?

Carteirinha de Messi ainda jovem no Barcelona. (Divulgação/El País)

Uma nova Era do Futebol: estamos perdendo a identidade?

Hoje eu acordei depois de sonhar com mais um golaço de Messi. Na minha infância era diferente. Dormia e despertava com Ronaldo, Romário, Ronaldinho, Rivaldo, Túlio e outros por aí na cabeça. Minha infância foi bem recheada de ídolos e conquistas dos brasileiros pelo mundo afora. Incrivelmente cheguei a comemorar gols rodando o braço imitando o "Pé de Anjo", Marcelinho Carioca, e ter a camisa 8 do Oséas, ex-Palmeiras.

Pois bem. Atualmente o cenário é outro. As crianças só falam em Messi, Cristiano Ronaldo, Xavi e por aí vai. Mais do que justo. Tanto pelo que jogam, quanto pelo que representam pela boa postura como ídolos. São jogadores de clubes internacionais com alto apelo midiático e estão fazendo a diferença. Superando recordes quase inimagináveis.

Decido não escrever apenas sobre Messi pelo simples fato dele ser o primeiro da turma desta nova "Era do Futebol". O que me preocupa é ver os ídolos estrangeiros tomarem conta da mente dos nossos jovens há pouco mais de dois anos da Copa do Mundo de 2014 que será realizada aqui no Brasil.

Em nosso país quem salva é Neymar. Um craque de bola que merece atenção especial tanto dentro quanto fora de campo. Ele é o único espelho que a garotada de hoje têm e não podemos perdê-lo de vista. Discordo de Mano e Ronaldo que recomendam que vá para fora. O camisa 11 do Santos deveria servir de exemplo para o futebol brasileiro se fortalecer de vez e não apenas alimentar o espetáculo do futebol internacional.

Precisamos refletir muito o que está acontecendo. Estamos tendo a oportunidade única de crescer com a infraestutura montada para a Copa e para os Jogos Olímpicos. No entanto, ainda não aprendemos a valorizar os nossos ídolos e por isso sempre viram estrangeiros bem rápido.

As comparações no meio futebolístico vão sempre existir. Este novo momento de mudanças vai alimentar cada vez mais isso. É preciso ter apenas cuidado porque Pelé sempre será Pelé. Ronaldo sempre será Ronaldo. Maradona sempre será Maradona. É importante lembrar que a história jamais se apaga.

E agora: podemos deixar Messi ser Messi?

E, claro, Neymar ser Neymar!



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