sábado, 23 de outubro de 2010

Uma história real da tabela com o elegante Pelé

Era um início de tarde de uma sexta-feira, dia 19 de dezembro de 1997 e tinha tudo para ser como uma outra qualquer. O mais normal seria fazer o caminho da escola até a casa da minha avó, onde geralmente almoçava e depois passaria o resto da tarde por lá com meu irmão e meus primos. Porém, aquele dia seria diferente. O presente de natal daquele ano tinha chegado mais cedo.

Naquela tarde, Pelé estava em visita a Petrópolis-RJ. O Rei do futebol, que era Ministro do Esporte do Governo Fernando Henrique Cardoso, tinha sido convidado para um almoço em sua homenagem, oferecido por um empresário da cidade. Por coincidência, o evento ocorreu em uma residência, onde o proprietario é amigo de longa data do meu pai.

Como amante do futebol, meu pai não perdeu tempo. Nos pegou no colégio e fomos direto para a casa, situada no bairro Corrêas. Com os meus 10 anos de idade, não tinha tanta noção do que estava para acontecer. Mas, como fanático colecionador já me empolgava com a possibilidade de conseguir um autógrafo do maior ídolo do futebol.

Nesta casa tinha um belo campo de futebol e quando chegamos fomos para lá. No gramado brincávamos à espera pelo grande momento. Foi então, quando Pelé chegou acompanhado de sua mulher e do ex-presidente do Santos, Renato Duprat, também lhe fazia companhia.

Elegante, Pelé entrou em campo junto com o dono da casa, que lhe convidou para ir conhecer o gramado antes da cerimônia. Simpatia em pessoa e craque também no campo da humildade, o Rei Pelé foi nosso exclusivamente por pouco mais de uma hora.

Aquela expectativa de conseguir a assinatura do craque na camisa tinha se tornado um sonho, algo inimaginável. Nós tínhamos as fotos para tirar, as camisas para ele assinar, e ele, dono de uma vivência inestimável no futebol, tinha diversas histórias para contar. Acreditem, o eterno camisa 10 do Santos revelou o porque do carinho pelo Clube Regatas Vasco da Gama! Para o ex-jogador, o fato da sua primeira convocação para a seleção brasileira ter sido após um jogo em que atuou meio tempo pelo Santos, e a outra metade pelo time carioca acabou marcando significativamente sua vida.

Enquanto os convidados o aguardavam, Pelé aproveitou a nossa bola para fazer tabelinha, embaixadinhas, dar chutes para o gol e ainda brincou de acertar a trave quando e como quis. Tudo isso de terno! O Rei ainda montou o "time" na hora de fazer a foto (acima) com todos os que estavam presentes. Uma lembrança que ficará em minha memória para sempre por ter tido este momento inesquecível ao lado de uma pessoa tão importante para o nosso futebol.

Escrevi cada palavra tentando lembrar cada detalhe. Posso dizer que o atleta do século será ídolo de todas as gerações. Me emociona recordar e ter a certeza que o "mito" Edson Arantes do Nascimento é um ser tão simples e humano como qualquer outro. Este homem deveria ser reverenciado todos os dias, não apenas quando completa aniversário. Pelé é Rei e nunca perderá a majestade por tudo que fez pelo futebol e pelo esporte.







sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Neymar: Um mito ou um monstro?

Neymar reclama em jogo do Santos (Foto:UolEsporte)

O Brasil tem hoje uma das maiores promessas do futebol mundial. Chama-se Neymar, o camisa 11 do Santos Futebol Clube. Me refiro ao novo talento como promissor, porque creio que ele ainda tem muito a aprender, tanto dentro quanto fora das quatro linhas. Seu talento nato é indiscutível não pode ser ofuscado pelo mau comportamento demonstrado nos últimos jogos. Porém, serve de alerta para todos nós. Tanto a mídia que bajula, quanto a torcida que idolatra, e o próprio atleta que passa a impressão de estar se sentindo acima do bem e do mal.

Certa vez, quando estava à serviço do diário Lance! tive a oportunidade de entrevistar o técnico René Simões, atual técnico do Atlético Goianiense que exerceu duras e justas críticas ao menino santista recentemente. O assunto do papo na ocasião, era outra jóia do futebol nacional. Tratava-se do atacante Keirrison, na época negociado com o Barcelona. Em uma das perguntas usei a palavra promessa e René disse: “A gente hoje no futebol não pode achar que um jogador deste com 21, 22 anos, que é uma promessa. Tem que ser realidade, e ele já é uma”, - completou René.

O treinador da equipe goiana tem razão. Chega a um certo ponto que ou os jogadores se afirmam de verdade, ou então serão eternas esperanças do nosso futebol. Mas o fato de eu me referido a ambos os jogadores da mesma forma talvez tenha um porque. Creio que tanto um quanto outro, ainda precisam fazer muito ao mundo da bola para ser a tal realidade que René dizia.
Existem algumas diferenças entre a histórias dos dois jogadores. Neymar despontou mais tarde, porém foi mais rápido e eficiente que o K9. Já tem mais títulos, mais fama, talvez mais grana e com certeza mais bola. Keirrison teve uma passagem frustrante na Europa e retornou para recuperar o prestígio. O prodígio do Santos fez o oposto. Decidiu ficar, se firmar, se tornar um mito e depois ir ganhar o mundo com mais experiência.

Fugir de comparações é quase impossível quando o assunto é a esfera esportiva. Contudo, acredito que cada grande craque terá sempre a sua marca registrada. A pergunta que se faz é a seguinte: Como Neymar quer ficar marcado no futebol brasileiro? Ele quer se tornar um ídolo de verdade, um jogador de alta categoria, ser um herói e craque de bola, ou quer ser um “monstro”, um ser egocêntrico que só pensa no seu próprio sucesso?

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

No par ou ímpar


Era uma tarde de domingo, por volta de umas três horas. A pelada dominical estava marcada no campinho de um terreno abandonado na Rua Saldanha Marinho. Nada de errado pode acontecer, se não a sagrada peleja entre amigos, "mela". Pois é. Depois de muito custo e saírem de casa fugindo da mesa de almoço logo após a refeição, Zezinho e Pedrinho chegaram no local que é simples, mas para a molecada é um verdadeiro Maracanã.

O clima no “Caixotão”, apelido dado pela turma por ser cercado de casas ao lado, é sempre descontraído e os curiosos ficam assistindo nas lages ou muros que cercam. Os garotos olham para o céu com medo da chuva. Verificado o céu ainda limpo, começa o “blá, blá, blá”, para serem escolhidos os times. Também gera a polêmica na hora do cara ou coroa para decidir o campo e quem tira a camisa para não confundir.

Estão lá no meio do campo Zezinho e Pedrinho para bater o par ou ímpar. A galera é repleta de bons de bola, mas sempre tem aquele que fica no pé do ouvido para cavar a escolha, e também influenciar dizendo “escolhe o fulano”. Bem, são coisas do mundo da bola. Zé iniciou a escolha. Pediu par e se deu bem, mas ia ter de tirar a camisa. Disse “Quero o Ganso!” – exclamou o menino. Pedro não perdeu tempo e falou. “O Neymar é meu então e o segundo escolhe dois. O Hernanes ta com nóis - retrucou o outro. O novato Mariola, preocupado, ainda tentou influenciar pedindo pela escolha do Victor para ficar no Gol. Na seqüência, Robinho foi o escolhido para a equipe sem camisa. Depois André para os adversários, e assim a escolha dos jogadores foi saindo até começar o jogo.

Neymar, abusado, ainda cismava em ficar com o campo. Mas, como a regra é clara, quem ganha na disputa de moeda, pode escolher. Bom, assim tá justo para os dois. A batalha começa e o time de Zezinho abriu do logo dois gols de diferença. Ganso e Robinho jogam tocando fácil até empurrar para o gol. Hernanes em cobrança de falta diminui colocando a bola onde queria. Pouco depois, Neymar sofreu pênalti bem cavadinho no campo de terra. O garoto travesso sempre chega em casa todo sujo. Até aí tudo bem. Foi quando Chico Pézão deu um chute bisonho e isolou a única bola que tinha. O pior é que caiu na casa do único vizinho que tinha saído naquele dia.

Sem bola e com tudo igual no placar, Robinho não parava de resmungar dizendo “Esse pé grande do Chico só serve para isolar bola!”. Ele ainda tentou juntar umas meias do pessoal da platéia para matar a vontade, mas a noite já começava a cair. A lua apareceu, nada de seu José voltar pra casa para devolver a redonda. Assim, a galera voltou pra casa com sede de mais. Todos naquela ansiedade pela devolução ou não da bola. Uma semana de angústia e contagem regressiva até o reencontro com a amada bolinha estava só começando.

A história escrita acima é um pequeno relato imaginário da infância de um menino, que um dia pode vir a brilhar nos gramados Mundo afora. Assim eles nascem, crescem e se desenvolvem para fazer o que melhor sabem, que é jogar pelada! Esta é uma síntese da nova cara da seleção de Mano Menezes que foi apresentada nesta terça-feira. É o futebol com “molecagem” e alegria que só brasileiro sabe fazer.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Mano Menezes se apresenta na seleção querendo "futebol moleque"

Foto: Vipcomm

A seleção mais importante do Mundo tem um novo treinador. Depois da tentativa frustrada em contratar Muricy Ramalho, a CBF escolheu Mano Menezes para ficar à frente de um projeto de longo prazo na seleção brasileira. Esta nova fase inclui o planejamento das Olimpíadas de Londres em 2012, a Copa de 14 no Brasil e também os nossos jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Uma boa tacada da confederação brasileira de futebol, pois já se reflete no papel um pensamento que se torna obrigação colocar em prática: a renovação.

Diferentemente de Dunga, Mano sabe o que responde. O atual técnico aparenta ter em sua conduta, a mescla de seriedade com serenidade e até sinceridade. Além dos novos nomes chamados, outro detalhe muito positivo neste inicio, é que o clima no auditório escolhido para realizar o anúncio é bem menos tenso. Também dá para perceber o orgulho do treinador de estar onde está, por já ter passado por diversas situações na carreira. Assim, ele valoriza o seu novo cargo.

Não sou muito a favor de comparações e seria extremante precipitada qualquer que seja feita entre o atual e antigo técnico. O fato é que partir de agora, a missão do ex-treinador do Corinthians é por o futebol brasileiro com a sua verdadeira cara, algo que já está sendo colocado em prática. A aparição de nomes com as características “molequentas”de Paulo Ganso, Neymar, Hernanes e André é um bom começo.

Para o primeiro momento as surpresas foram positivas. Creio que a inédita medalha de ouro Olímpica seja uma obsessão, não só dele, mas de todos os brasileiros. Precisaremos ter calma e paciência para atingirmos os objetivos aos poucos. Agora estou convencido de que, quando todos os jogadores estiverem à sua disposição, vai dar um samba bonito dentro de campo.

Assim, quem sabe, poderemos fazer jus ao o nome sugerido (“samba”) para a bola da Copa de 2014.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Muricy chegou e o profissionalismo voltou

Muricy Ramalho é o substituto do treineiro-estampa com nome de Dunga. Acaba a era da imagem, da força, da maneira de vencer a qualquer custo e agora teremos um professor de futebol de verdade. Voltamos para a era do profissionalismo. O novo comandante verde e amarelo têm um currículo invejável, e ainda carrega em sua bagagem rumo à CBF os ensinamentos de um grande sábio do futebol, Telê Santana.

O esporte mais popular do Mundo vive de resultado. Por isso, creio que a escolha feita por Ricardo Teixeira foi no mínimo justa. Nos últimos anos foram conquistas de três campeonatos brasileiros consecutivos comandando o São Paulo. Também se leva em conta as boas participações em Libertadores e Campeonatos Estaduais.

Muricy precisará de tempo para mostrar seu trabalho. Algo bem cruel no futebol, pois tudo acontece muito rápido. Na próxima segunda-feira, o técnico já fará sua primeira convocação. No dia 10 de agosto já tem amistoso contra os Estados Unidos, em Nova Jersey.

Agora, a expectativa que fica é não só de saber dos novos convocados. Na próxima semana também será feito o anúncio da comissão técnica completa. Pela seriedade de trabalho do novo chefe, certamente este time de profissionais de fora de campo será de alto gabarito.

Precisamos tentar conter a euforia com a novidade. Será necessário muito critério de todos nós a partir de agora. Temos jovens valores em nosso futebol com muito talento e que não podem ser jogados na fogueira do dia para a noite. A nova geração não pode ser tratada como salvadora da pátria. Tampouco pode ser vista como pronta para resolver um problema construído pelo insucesso do time brasileiro na Copa de 2010.

O torcedor terá de ter paciência, pois a renovação deverá ser feita gradativamente. Quem sabe assim nossas jóias poderão ser lapidadas para dar um show de bola e de eficiência em 2014.








domingo, 11 de julho de 2010

A Copa dos elementos épicos

Jogadores da Espanham comemoram título (Foto:Reuters)

Uma estrela brilha na camisa da merecedora Espanha, campeã com todos os méritos desta Copa do Mundo de 2010. Mesmo sem ter sido irretocável em sua campanha, a equipe de Vicente Del Bosque, mostrou futebol de time campeão, que vinha embalada pelo histórico positivo desde a conquista da Eurocopa 2008. Os espanhóis foram merecedores do título, numa competição de tantas novidades. Uma partida final com desfecho épico, e que ficará marcado na história do futebol na noite deste 11 de julho de 2010 com esta vitória por 1 a 0 sobre a Holanda, na prorrogação no Soccer City, em Joanesburgo.

A partida por si só, já trazia o elemento do ineditismo de uma final entre Holanda e Espanha. Principalmente pelo novo campeão, um ainda debutante em decisões da maior competição de futebol. E, pelo lado do time vencido, que acabou vice pela terceira vez em sua história. A derrota, em si, não apagará boa campanha da equipe laranja, pois já fazia tempo que o trabalho não era tão positivo. Mas, o time holandês manchou sua passagem na África por ter apelado para a violência em vários momentos neste jogo.

O triunfo do time espanhol traz boas lições ao mundo do futebol. Como em tudo na vida, renovação e planejamento são elementos fundamentais para o sucesso. É bom também ter sempre capacidade de repensar, apostar, acreditar e não abaixar a cabeça nos momentos de dificuldade. A equipe liderada pelo capitão Iker Casillas tinha componentes dentro e fora do gramado, que agregavam os valores necessários para um bom desempenho dos jogadores.

As águas das lágrimas do goleiro Casillas após o gol de Iniesta é algo para se admirar. As gotas jorradas pelo jogador mostram que ainda existe paixão no futebol, orgulho, vontade e satisfação. A bela imagem ajuda a limpar um pouco da imagem da falta de amor neste esporte, algo muito comentado nos últimos tempos.

Tivemos uma competição que serviu de lição para nós brasileiros. Precisamos fazer muito para receber pela segunda vez o maior evento esportivo do Mundo em 2014. Espera-se que os exemplos sejam observados e seguidos. Tanto dentro, quanto fora de campo.




quinta-feira, 1 de julho de 2010

Um jogo com cara de Copa do Mundo

(Foto : Montagem Globoesporte.com)

Nesta sexta a seleção brasileira quase volta no tempo. Para os adversários é uma revanche dos dois últimos confrontos em que levamos a melhor, nas Copas de 1994 e 1998. Ao escrete canarinho, pode ser o jogo da afirmação. Em meio a críticas, devagarzinho o time de Dunga vem conquistando confiança e passando esse sentimento ao seu torcedor.

O momento agora é outro, bem diferente dos encontros anteriores. A equipe holandesa tem um time renovado, revigorado, com jogadores velozes, jovens, habilidosos e até de nome. Robben, Sjneider e Van Persie são perigosos. O que a seleção brasileira precisa fazer, é repetir o que fazendo, jogando seu futebol sem se preocupar com a camisa do time oposto. É manter a mesma seriedade durante todos os segundos em campo. Não estamos apresentando um futebol vistoso, porém eficiente.

A escola do adversário também é forte. Pode até faltar um pouco de camisa em algumas situações. Creio que a juventude time de laranja poderá ser um fator a ser explorado. A tendência é que sintam a pressão dos seus opositores de verde e amarelo. Pelo lado dos nossos representantes, será muito importante ter calma nos primeiros minutos de jogo, para por em prática tudo que sabem em campo. E, se motivação para atuar em jogo de Copa do Mundo não costuma faltar, para esta partida poderá ser ainda maior, ao passo que um grande ídolo da Holanda, Johan Cruyff, desprezou publicamente os jogadores atuais do Brasil em comparação aos ídolos das nossas gerações anteriores.

Gosto de tentar ser o mais justo possível em minhas análises. Vejo que, caso, a nossa seleção saia de campo derrotada, não considero que será nenhuma catástrofe. Teoricamente, é claro, temos tudo para continuar na competição, pela boa evolução que tivemos. Creio que espírito de luta, nem ousadia, estão faltando nem faltará para a vaga ser nossa e até conquistarmos o título. Mas, nós daqui de fora, precisamos ter coragem de reconhecer também, que dentro de campo são sempre 11 contra 11, e vencerá quem fizer o melhor durante os 90 minutos.

domingo, 27 de junho de 2010

Recurso eletronico: problema ou solução ?

O mata-mata da Copa do Mundo esta pegando fogo. Adrenalina a mil por hora dentro e fora de Campo. Agora sim a torneio começa a ficar interessante. Com jogos melhores tecnicamente, aliado a busca incessante pelo resultando, os gols bonitos aparecem e os placares ficam mais movimentados.

A fase decisiva traz sempre lances polemicos com ela. Como é difícil falar dos homens do apito. Um assunto velho, com lambanças novas. Se arbitragem em no torneio de bairro da esquina é motivo de preocupação, imaginem na maior competição de futebol do Mundo! Pois é. Um problema grande que as autoridades do esporte mais popular do mundo parecem pouco se preocupar.

Mais dois erros gritantes entraram para a historia das Copas, nas partidas deste domingo pelas oitavas-de-final do Mundial. O primeiro no gol não validado de Lampard, da eliminada seleção inglesa no jogo contra a Alemanha. O outro vacilo foi gol em feito por Tévez em posição de impedimento, diante do México. Nestes casos, quem sabe, recursos como chip e informação via ponto eletrônico poderiam tornar o futebol mais justo.

Não estou aqui tirando o mérito das merecidas classificações de, tanto Alemanha que apresentou um grande futebol, quanto da Argentina tão poderosa ofensivamente o tempo todo, apesar das falhas da zaga adversária. Estas duas equipes estão se destacando com uma mescla de beleza com eficiência e irão proporcionar um grande jogo no próximo sábado, na Cidade do Cabo. Será um jogo que terá cara de revanche depois de quatro anos, quando a Argentina acabou eliminada nesta mesa fase pelos alemães.

A tese do uso de recursos eletrônicos no esporte do 11 contra 11, gera muita discussão. Seria a favor apenas para tentar trazer justiça para dentro de campo, algo que no mundo da bola é coisa rara de se ver. Talvez seja exatamente por isso, que este esporte envolve tanta paixão. Então fica uma pergunta difícil de ser respondida: será que artifícios como estes tirariam o brilho do espetáculo?

terça-feira, 22 de junho de 2010

O "medley" de comportamento dos técnicos de futebol

No mundo do esporte aquático Natação existe o nado medley, aquele que numa só prova se reúne os quatro estilos de nado diferentes. A frase de início de conversa é só uma pequena analogia para tocar num assunto muito corriqueiro nesta Copa do Mundo, os diferentes tipos de comportamento dos treinadores nesta Copa. Podemos observar atitudes dos comandantes de, França, Brasil, Argentina e África do Sul.

Não sou muito a favor de comparações. Acho que cada um tem as suas características pessoais e profissionais. Isto é algo que vai existir sempre em qualquer profissão se você parar para pensar, pois as pessoas são diferentes por natureza. Mas vejo que a coisa vem passando dos limites nos últimos tempos.

Nesta brincadeira deste, “revezamento de atitudes” dos acima de tudo “professores”, ainda que nem todos sejam por formação, cada um vem mostrando ao mundo quem realmente é. Para inicio de conversa, os treinadores de futebol deveriam sempre dar o bom exemplo aos seus comandados, fãs, familiares, amigos, crianças, para quem quer que seja. Soa ás vezes a impressão, que alguns destes não tem noção da importância que seus cargos representam.

Vamos ao que interessa e falar um pouquinho de cada um dos quatro comandantes. Começando por Maradona. O técnico argentino como esportista não chega a ser espelho para ninguém, por levar seu charuto aos treinos e liberar álcool aos jogadores contando isso publicamente.No entanto, a sua irreverência se tornando uma figura “mítica” nesta Copa. Suas respostas como aquela se declarando a sua mulher “Yo amo una rubia muy...” - quando foi perguntado sobre seu relacionamento carinhoso demais com seus atletas é um claro exemplo de bom humor e estado de graça, felicidade.

No caminho contrário do relacionamento saudável aparece Dunga. O nosso treinador já é conhecido pela sua nítida expressão mal-humorada. Só que desta vez ele quebrou a barreira do respeito. Suas palavras pronunciadas ao Jornalista Alex Escobar da TV Globo, não são honrosas do cargo que exerce. É bem verdade que não se sabe das richas pessoais, mas que as resolva todas elas quando não estiver frente à imagem da seleção brasileira. O mínimo é ter dignidade de respeitar ao próximo.

Passando um pouco mais a diante, mais um episódio vexatório na maior competição de futebol. A recusa do já ex-técnico Francês Raymond Domenech em cumprimentar Carlos Alberto Parreira após a partida em que os dois foram eliminados. Além da atitude lamentável pela antiesportividade do técnico dos “bleus”, o que se imagina é que Domenech não deve conhecer a história do treinador brasileiro. Se soubesse não teria tido coragem de fazer o que fez.

Na aula de serenidade e dignidade, Carlos Alberto Parreira é acima de tudo sublime. Reconhecido, prestigiado, dono de uma história incrível de participar de oito Copas do Mundo, Parreira não precisava do aperto de mão do seu adversário. Mas se se mostrou um autêntico professor saindo por cima dentro e fora de campo. Cumpriu seu papel de técnico, de cidadão que com toda a certeza fez um bem ao povo africano.
As diferenças entre as pessoas vai existir. Agora cada um leva a sua consciência para casa.

domingo, 20 de junho de 2010

Estamos assistindo futebol ou rugby?

Keitá simula choque com Kaká durante a partida (Foto:reprodução)

A Copa do Mundo de 2010 não tem tido o brilho que a maior competição de futebol do planeta merece. Jogos ruins, falta de jogadores brilhantes, muitos empates, média de gols baixa e as chamadas “zebras” surpreendendo já na primeira fase. Aos poucos vai se apagando o brilhantismo da seleção da Espanha e a França classificada para a Copa aos trancos e barrancos já se desmantela. Inglaterra e Itália seguem sem encantar. Para não ser injusto também, não dá pra esquecer o bom início da Alemanha. O histórico dos alemães em Copas merece respeito, embora já tenha mostrado fragilidade.

De todas as seleções consideradas favoritas a que mais mostra força é a Argentina. O caso da equipe de Diego Maradona parece algo semelhante a um time de pelada. É como se o seu treinador distribuísse os coletes aos melhores e colocasse em campo para jogar. Tecnicamente se mostram muito fortes, porém sem a devida organização. Quando as jogadas saem é mais na inspiração técnica do que em jogadas maravilhosamente bem tramadas. Vale lembrar que os argentinos ainda não pegaram um adversário muito difícil.

A seleção brasileira mostrou uma grande evolução nesta partida difícil contra a Costa do Marfim. Depois de um início de jogo chato, travado sem muitas chances de gol, o jogo acabou se tornando uma verdadeira batalha com muitas faltas cometidas. A equipe de Dunga conseguiu mostrar em alguns momentos o que foi fazer na África do Sul. Os brasileiros foram jogar futebol. Com a melhora do desempenho de Kaká o talento de Luis Fabiano finalmente apareceu e assim o placar foi construído naturalmente. Ninguém de verde e amarelo está lá para dar pontapé em adversário, muito menos praticar agressão como mal interpretou o horrível trio de arbitragem comandado pelo francês Stephane Lannoy na colisão entre Keita e o Camisa 10 do Brasil.

Fica o registro da péssima atuação do arbitro debutante em mundiais totalmente sem critério em um jogo tão importante. Isto é algo capaz de tirar o brilho de um jogo de uma competição deste nível. Ainda não mostramos um espetáculo dentro das quatro linhas. É preciso mostrar muito mais para encantar, contudo é nítida a melhora da equipe nacional. Em um aspecto tenho de concordar com treinador brasileiro e dizer, que, num jogo como este, realmente é muito difícil mostrar futebol-arte. Embora na África o Rugby seja mais popular o que estamos querendo ver é o esporte com a bola redonda.

Deixo aqui uma pergunta: será que vão deixar os brasileiros mostrarem como se joga futebol?

CHUTE FINAL

Não gostaria de comentar a atitude de Dunga na sala de imprensa. Só acho que tanto os jornalistas quanto o próprio ex-jogador deveriam se preocupar cada um apenas com o próprio trabalho.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Valeu pelos três pontos

Jogadores comemoram com Elano o segundo gol (Foto: Globoesporte.com)

O coração bateu forte em todo Brasil. Na estréia do time pentacampeão mundial o mundo inteiro parou para ver. Se tratando do primeiro jogo da equipe na Copa 2010, o rumo da prosa não poderia ser muito diferente. O escrete canarinho se comportou de maneira muito nervosa na etapa inicial e a marcação dos adversários com praticamente todos os jogadores atrás da linha da bola dificultava o setor ofensivo dos comandados de Dunga. Nota-se uma grande carencia de um bom criador de jogadas. Kaká, ainda sem estar nas suas melhores condições chegou até a melhorar no decorrer da partida.

Na etapa final o time canarinho começou a soltar um pouco mais. Continuava sem apresentar um bom futebol, mas passou a ter mais movimentãção do meio para frente. Vejo a nossa seleção muito longe de ter um futebol alegre capaz de empolgar sua torcida. Contudo, as substituições do treinador pareceram animadoras, pois com a entrada de Daniel Alves, Ramires, e surpreedentemente Nilmar no lugar de Kaká dão a impressão que nas condições adversas o medo não serã impecilho para que seja colocado em campo um desenho tático mais ofensivo.

A equipe de uma maneira geral mostrou um futebol seguro em todos os setores. Precisa de retoques principalmente na saida de bola que é na maioria das vezes muito lenta. Na partida do próximo domingo diante da previsível Costa do Marfim que arrancou um empate sem gols contra Portugal, num jogo tecnicamente muito fraco, o selecionado brasileiro deverá entrar com mais ímpeto por já ser a segunda partida da competição.

Não vejo um cenário preocupante nem animador na seleção brasileira. De uma maneira geral a Copa de 2010 na maioria dos jogos não está sendo empolgante tecnicamente. Está faltando o brilho do talento de grandes jogadores. Acredito que apenas como tempo poderemos ter uma noção de verdade até aonde podemos ir.

Por enquanto os três pontos estão valendo!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

A hora da verdade

Kaká em treino de reconhecimento no Ellis Park

Está chegando a hora da verdade. A ansiedade só aumenta nas horas que antecedem o primeiro jogo do Brasil na Copa 2010. Agora não adianta mais pensar neste ou naquele jogador que perdeu o bonde rumo a Joanesburgo. Dunga constituiu uma família ao longo de se trabalho e acredita nela. Confiança e vontade acredito que estes serão ingredientes de sobra vistos no futebol do time canarinho. Se vamos voltar com o título isto algo é impossível de se dizer, pois seria quebrar o protocolo do imprevisível, do sabor real do esporte mais popular do mundo.

Voltando um pouquinho a fita, há quatro anos atrás era tudo um oba-oba só. O Brasil era praticamente hexacampeão. Em meio a toda aquela euforia do “quadrado mágico”, os treinamentos eram cercados de festa. Podemos hoje não ter o time dos sonhos na prancheta. Por outro lado, na prática temos um time vitorioso, sim. Podemos não estar confiantes como gostaríamos. Mas a verdade é que queremos sempre mudar. O alento que fica neste momento pré-estréia é de que os erros do passado parecem ter sido aprendidos. E disso ninguém pode reclamar da atual comissão técnica.

Vejo parte da imprensa reclamando e comentando do treino apelidado de ‘privativo’ pelo nosso treinador. Não consigo entender este tipo de questionamento feito por qualquer um que tenha criticado o trabalho de Parreira em 2006. Não sou adepto à camisa de força, escravidão, tampouco o exílio da seleção brasileira em qualquer lugar no mundo. Contudo, reconheço que chegou a hora de botar tudo no lugar. Acertar os detalhes antes da bola rolar oficialmente. Acho que já deu pra perceber nestes primeiros jogos como vai ser disputado este mundial. Média de gols baixa, jogo estudado e decido em fração de segundos. Se não temos muitos jogadores brilhantes tecnicamente é bom que fique tudo bem ensaiado.

Para fechar. Não acredito em mudança na escalação dos onze titulares para a estréia. Está tudo definido. No entanto, creio que alguns jogadores irão ganhar espaço durante a competição. Ramires é o candidato mais forte à surpresa. Thiago Silva pode barrar Juan, que não tem me inspirado muita confiança. Daniel Alves é o autentico coringa. Já no ataque, Nilmar pode ser um bom trunfo durante as partidas.

Agora é contar os minutos para o jogo começar. Força Brasil!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Maior ídolo e reforço dos ultimos tempos

Ex-camisa 10 agora tem o 20 na frente: 2010 (Crédito: Globoesporte.com)

O Flamengo apresenta nesta terça-feira o maior reforço dos últimos anos. Se Adriano foi o grande nome do ano passado, sendo artilheiro na conquista do Campeonato Brasileiro, Zico agora chegar para resolver o maior problema do clube: a gestão do futebol. O ídolo do time rubro-negro pode não ter ainda uma experiência concreta na função que está assumindo, mas tem credibilidade de sobra para atrair o que há de melhor em todos lados. Por ser apaixonado pelas cores do clube, acredita-se o trabalho será de muita seriedade.

Daqui para diante será muito mais fácil para o clube contratar um jogador de nome. Mais ainda será encontrar um treinador experiente para assumir depois da Copa. Convenhamos, Rogério Lourenço não é o nome ideal, por mais que seja nítida a necessidade dos reforços.

Esqueçamos, por ora, os problemas antigos deixados por quem passou por ali. O Galinho não vai do dia para noite pagar a dívida e deixar a vida financeira do clube saudável ou transformar o time na máquina de 81 vencedora da Libertadores e Mundial de Clubes. A palavra paciência que não existe no vocabulário do torcedor será fundamental para que o resultado a médio e longo prazo realmente apareça.

O maior nome da história do Flamengo terá uma missão bem difícil. Cobrança não faltará a ele, mesmo não estando na área técnica à frente do time. Certamente o grande desafio de Zico é resgatar a tradição do clube em revelar jogadores. Também é preciso terminar o centro de treinamento, construir uma concentração e quem sabe um estádio. Resumindo: dar os elementos na verdade básicos na estrutura de um clube profissional deveria ter.

Agora é o momento de olhar pra frente. Seguir um modelo moderno e com uma política diferente. Ginga o ex-camisa 10 sempre teve dentro do campo agora resta saber se ele vai saber driblar todos os problemas fora dele.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Você quer dar opinião, informação e participar de uma rede social? No Virgula você pode

Por: Kadu Braga

O projeto Virgula Copa 2010 é uma mistura de rede social e futebol e que distribui camisas oficiais da seleção




O mundo virtual cada vez mais aproxima o torcedor do mundo do esporte. Quando se fala em futebol, mais ainda. Por isso com o intuito de fazer o povo se aproximar ainda mais, o portal Virgula chega inovando e chamando você internauta para participar e interagir diretamente via internet com muita diversão e entretenimento. Mas, o que rola no site? O que posso fazer nele?

Por exemplo: para quem não tem paciência para ir na banca do jornal toda semana e comprar figuras auto colantes ou não tem tempo de trocar as repetidas, está aí a solução. No "Virgula" você pode ter um álbum de figurinhas vivo, onde os próprios usuários constroem as páginas, ou melhor, os perfis de jogadores e seleções. Assim é a rede social Vírgula Copa 2010, a principal ação de aquecimento do Portal Virgula para o Mundial.

São os membros cadastrados que definem o conteúdo da rede. Pessoas que entendem e gostam de futebol enviam fotos, vídeos, tornam-se fã dos jogadores, interagem, participam de quiz, criando um imenso banco de dados sobre futebol, sempre atualizado. No ar desde Abril, o Virgula Copa 2010 já reúne mais de 120 mil vídeos e 185 mil fotos compartilhados entre os mais de 14 mil membros.

Com tantos torcedores participando, a rede funciona também como um “termômetro” da Copa. Os jogadores mais populares possuem mais fãs e mais conteúdo em seus perfis. Ronaldinho Gaúcho, por exemplo, que nem foi convocado para a Copa, possui 239 fãs enquanto Elano, com vaga garantida no meio-campo brasileiro, só tem três.

Mas a ação do Portal Virgula não para por aí e se estende de várias formas fazendo o aquecimento para a programação especial de Copa do Mundo, com presença no Twitter, no Facebook, em duas comunidades oficiais no Orkut (http://migre.me/GQia e http://migre.me/GQjc) e com um divertido aplicativo, também no Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#AppInfo?appId=949090065645&ref=SRA página da ação no Facebook, aliás, vai dar uma camisa da seleção brasileira para um fã, essa semana. Curte lá.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Cruzeiro vence o Botafogo no Mineirão


Jogando com uma camisa amarela em homenagem a seleção brasileira, o Cruzeiro venceu o Botafogo por 1 a 0, no Mineirão em partida válida pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. Esta é a primeira derrota dos alvinegros na competição que jogou sem Caio, Herrera e Loco Abreu que está com a seleção Uruguaia se preparando para a Copa. O time celeste não tinha Gilberto, à serviço da seleção brasileira, porém conquistou os três pontos em casa.

Mesmo atuando na condição de visitante, o Botafogo começou assustando logo no primeiro minuto de jogo. Em jogada de velocidade, Edno arrancou na entrada da área, mas foi segurado por Leonardo Silva. Ele mesmo cobrou rasteirinho com perigo. Aos poucos o time da casa começou a se encontrar no jogo tendo mais posse de bola. E foi em uma jogada trabalhada que a Raposa abriu o placar. Marquinhos Paraná colocou em profundidade para Jonathan cruzar rasteiro e Thiago Ribeiro só empurrar. 1 a 0, aos 19 minutos.

Depois do gol, a partida começou a ficar mais movimentada. Um minuto depois Roger quase ampliou em bola mal tirada pela defesa alvinegra. Aos 23, Somália fez bom cruzamento, mas Edno cabeceou fraco. Mas a equipe de Adilson Batista não recuou e continuou mandando no jogo trocando passes.

Com isso, o time alvinegro passou a jogar mais recuado apostando mais nos contra-ataques. Foi só aos 35 a melhor jogada do time de Joel Santana. Renato Cajá arrancou pelo meio, tabelou com Edno, e abriu com Alessandro que o achou novamente livre, mas a conclusão não foi boa. A pressão botafoguense continuou. Cajá chutou forte de fora da área obrigando a Fábio fazer boa defesa no canto esquerdo aos 36. Um minuto depois foi a vez de Lúcio Flávio dificultar a vida do arqueiro cruzeirense.

Já aos 43 minutos, Somália arrancou pela ponta esquerda, invadiu a área, e foi derrubado por Leonardo Silva. Penalidade máxima. Renato Cajá cobrou em meia altura no lado esquerdo, mas Fábio acertou o canto e espalmou para fora. Os donos da casa foram para vestiário em vantagem.

SEGUNDA ETAPA:

Na volta após o intervalo, Joel Santana sacou Sandro Silva e pôs o novato Alex tentando tornar o time mais ofensivo. Melhor no início da etapa final, o ataque alvinegro passou a ter mais posse de bola. Já o time azul era mais objetivo. Jonathan arriscou de pés esquerdo aos 12, sem sucesso. Três minutos depois Roger cobrou falta por cima. Pouco depois Jonathan fez bom cruzamento e Thiago Ribeiro perdeu chance incrível.

O time de preto e branco não desistia de atacar. Alessandro tentou cruzar afastou e no rebote Edno chutou forte, mas a bola bateu na zaga se perdeu pela linha de fundo aos 19. Logo sem seguida, o camisa 1 do Cruzeiro apareceu muito bem de novo em chute de forte de fora da área de Renato.

A torcida do time azul e branco empurrava, mas a partida não oferecia grandes lances. O treinador da equipe carioca ainda tentou mudar colocando Marcelo Cordeiro e Diguinho na metade da etapa final, que não tiveram boa atuação. Pelo lado dos donos da casa, Adilson Batista apostou na força física de Guerrón e na habilidade de Pedro Ken.

Ambos os treinadores não tiveram sucesso nas substituições. A maior chance perdida pelos alvinegros foi com Alessandro, que chutou cruzado mas a bola passou rente a trave e foi para fora. Assim o placar não foi mais alterado. Fim de papo: 1 a 0 para o Cruzeiro.

FICHA TÉCNICA:
CRUZEIRO 1 X 0 BOTAFOGO

Estádio: Mineirão
Data/Hora:26/05/2010 – 21h30 (de Brasília)
Árbitro:Jaílson Macedo Freitas (BA)
Auxiliares:Alessandro Alvaro Rocha de Matos (Fifa-BA) e Belmiro da Silva (BA)
Cartões amarelos: Leonardo Silva, Fernandinho e Kleber (CRU); Fábio Ferreira e Diguinho (BOT)
Gol: Thiago Ribeiro, aos 19 do primeiro tempo.

CRUZEIRO: Fábio, Jonathan, Gil, Leonardo Silva e Fernandinho, Fabinho, Henrique, Marquinhos Paraná e Roger (Pedro Ken); Thiago Ribeiro (Guerrón) e Kléber

BOTAFOGO:Jefferson, Fahel, Ântônio Carlos e Fábio Ferreira; Alessandro, Leandro Guerreiro, Sandro Silva (Alex), Lúcio Flávio (Marcelo Cordeiro) e Somália; Renato Cajá (Diguinho) e Edno.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Os problemas irão na bagagem do Imperador


Está quase confirmada a volta do Imperador Adriano à Itália, lugar onde construiu a sua alcunha, sua fama, seu império, sua idolatria com seus gols decisivos e seu inegável talento.Mas depois de alguns anos a depressão tomou conta de sua vida e o jogador se viu sem vontade de fazer o que mais gosta desde a sua infância. Então o atacante voltou ao Brasil para buscar a felicidade, resgatar as origens, trazer definitivamente de volta à si mesmo a confiança necessária para realizar seu trabalho.

E o que aconteceu em sua volta? O centroavante do Flamengo foi recebido, acarinhado e bajulado pela própria família, pelos amigos, pela torcida brasileira que torce a seu favor, pela torcida e clube do coração, pelo treinador da seleção brasileira, e logo voltou a defender o melhor selecionado do mundo. Só? Não! Tem mais... O Imperador foi nada menos que campeão brasileiro e artilheiro da competição pelo time que mais gosta. Para completar, ainda disputou a competição mais importante do continente Sul-Americano.

A pergunta que se faz é a seguinte: o que você queria mais, Adriano? Francamente, não há motivos aparentes para um jogador que teve tudo isso em tão pouco tempo estar tão desmotivado. É bem verdade também que nem tudo foram flores em sua estadia no Brasil. Problemas particulares, faltas a treino, idas a delegacia, ex-namorada pegando no pé e outras coisas as quais a imprensa não deve ter conhecimento. Coisas essas que o próprio construiu durante esta passagem pelo Brasil.

O camisa 10 do time rubro-negro não tem do que reclamar, nem do ultimo ano que passou, tampouco por estar fora da Copa do Mundo. Adriano não está lá porque não mereceu a convocação. A torcida vai sentir falta, certamente a imprensa também. Dunga perdeu uma referência de peso em seu ataque.

Espera-se no mínimo que ele participe dos últimos dois jogos contra Fluminense e Grêmio respectivamente, o que dificilmente irá acontecer. Caso isto se confirme, será um ato de muita ingratidão e falta de respeito com a torcida rubro-negra tão apaixonada e carinhosa durante todo este período em que permaneceu na Gávea.

Infelizmente a impressão que passa no caso deste ilustre jogador de futebol é que os seus problemas irão viajar com ele para Roma em sua bagagem.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Convocação Seleção Copa do Mundo 2010



A convocação já passou faz uma semana. Devido a problemas técnicos não foi possivel postar antes.

Fica ai o registro!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A "síndrome da coerência"

Dunga explica suas opções durante a entrevista coletiva

O técnico Dunga acabou com o mistério. Deixou muitos decepcionados pela não convocação de Neymar, Ganso e Ronaldinho. Mas vamos ser justos, Brasil. Imagine você que trabalha seja no que for, fazendo parte de um grupo durante três anos se preparando tudo para o grande evento, para quatro anos depois ser deixado de lado, do dia para a noite. Não foi o caso. Quase foi, pelo grande clamor nacional.

Bom. Continuando. Confesso que sou um grande adepto do futebol arte. Os meninos podiam dar esse tempero. Acho que sem isso, este esporte não tem o mesmo sabor. A ausência do dentuço só será sentida durante os jogos, pois ele coloca medo nos seus adversários. É o Gaúcho, simplesmente. Não precisa falar muito. Sua fase irregular é mais culpa do Milan fraco, do que dele do próprio camisa 80.

Acredito que o comandante da seleção sofre da “síndrome da coerência”, e isto tem pontos positivos e negativos. O lado bom, é que a seleção já tem uma base, um grupo de verdade. Já ruim é que o nosso professor é radical demais. Uma pergunta: qual é a necessidade de chamar sete volantes? Não tem explicação a convocação do Kléberson.

Teremos nesta Copa um time competitivo, sim. Muito previsível também. Uma equipe com o modelo da de 1994. Pura raça, mas que na ocasião ficou com o título. Só não se sabe é o que irá fazer a comissão técnica, se o nosso único e excelente meia ofensivo Kaká, tiver uma pane durante a competição. Dando um bom dia à realidade, o meia do Real Madrid não vive bom momento.

Fechando o papo, diria que a lista teve duas surpresas boas. O corte justo de Adriano. O atacante do Flamengo não fez por merecer mesmo. Com seu semblante de tristeza ainda poderia contagiar negativamente o grupo, além dos seus quase 100 quilos no corpo. Quanto ao Grafite é uma verdadeira incógnita. Sofremos pela falta de um jogador com a mesma característica. E a segunda surpresa boa, foi Thiago Silva. O zagueiro do Milan é um reserva de luxo, caso aconteça alguma lesão.

Agora nos resta sofrer, gritar, e rezar pelo hexa da seleção. Boa sorte, Brasil!

terça-feira, 11 de maio de 2010

Dunga rebate a imprensa: "O Pelé é simplesmente o Pelé, o melhor do século"

Dunga durante a entrevista coletiva da convocação definitiva para Copa 2010

O técnico Dunga convocou na tarde desta terça feira, dia 11 de maio de 2010, os esperados 23 nomes que irão disputar a Copa do Mundo na África do Sul pela seleção brasileira.

A única grande surpresa ficou por conta da convocação de Grafite, atacante do Wolfsburg, da Alemanha, para a vaga de Adriano que não vem sendo regular nesta temporada. Ao contrário do sonho de grande parte da imprensa e também da torcida, o treinador deixou de fora Ronaldinho Gaúcho, Neymar e Paulo Henrique Ganso, jogadores com grande apelo popular.

Também gerou muita polêmica o nome de Kléberson entre os escolhidos já que o meia sequer se firmou como titular nesta temporada com a camisa rubro-negra. Durante a longa entrevista coletiva em um hotel na Barra da Tijuca, que durou pouco mais de uma hora, o comandante do time canarinho explicou as suas escolhas depois de um trabalho de mais de três anos a frente da seleção.

Veja mais abaixo os vídeos dos principais momentos.

Confira a lista dos jogadores que irão para África do Sul:

Goleiros: Julio César (Inter de Milão), Gomes (Totteham) e Doni (Roma)

Laterais:
Maicon (Inter de Milão), Daniel Alves (Barcelona), Michel Bastos (Lyon) e Gilberto (Cruzeiro)

Zagueiros: Lúcio (Inter de Milão), Juan (Roma), Luisão (Benfica) e Thiago Silva (Milan).

Volantes:Gilberto Silva (Parathinaikos), Felipe Melo (Juventus), Josué (Wolfsburg) e Ramires (Benfica), Kléberson (Flamengo).

Meias:Kaká (Real Madrid), Elano (Galasatasaray) e Julio Baptista (Roma)

Atacantes: Robinho (Santos), Luis Fabiano (Sevilla), Nilmar (Villareal) e Grafite (Wolfsburg).




segunda-feira, 10 de maio de 2010

Como começam os times Cariocas no Brasileirão 2010?



O Brasileirão deste ano promete. Está é sem dúvida nenhuma a competição mais disputada do Mundo. Um campeonato com grandes craques em campo faz o torneio ficar mais rico, interessante e atrai cada vez mais o torcedor para o estádio. É bom ter ídolos como: Ronaldo, Roberto Carlos, Robinho, Adriano, Love, Kléber, Fred, Neymar, Ganso, D`Alessandro, Conca. O difícil é segurar todos estes por aqui até o fim da festa!

Aos poucos o torcedor se acostumou com o molde dos pontos corridos. E para vencer, a regularidade é um dos mandamentos para o sucesso fazendo toda diferença no final. Aquele pontinho ganho fora de casa é crucial. Mas o verdadeiro segredo é o elenco encorpado. Não basta ter 11 bons jogadores. As peças de reposição são de suma importância, pois o campeonato é muito longo.

Não podemos esquecer também das competições paralelas. Ainda tem a reta final de Libertadores e Copa do Brasil. Já no segundo semestre, terá a Copa Sul-Americana que agora vale vaga na maior competição da América do ano seguinte. Certamente vai torna-la mais cobiçada pelos clubes brasileiros que disputarão.

Para falar um pouquinho da situação atual dos clubes cariocas:

Botafogo: O Campeão Carioca começa motivado, com um elenco de razoável para bom e ainda busca os reforços. Ponto positivo: irá jogar apenas o Brasileirão. O negativo é que pode perder jogadores como Caio e Herrera.

Flamengo: O vice-campeão Carioca ainda tem chão na Libertadores. Não jogará a Sul-Americana. Ponto positivo: pode vencer a maior competição das Américas e com isso segurar os jogadores até o fim do ano. Caso contrário deve perder a dupla Adriano e Love.

Fluminense: Contratou Muricy Ramalho para resolver os problemas. Mas o treinador não está conseguindo "tirar leite de pedra". O Time ainda sofre com as baixas da crise de lesões de com Alan e Fred no departamento médico. Ponto positivo: tem um ótimo treinador. Porém, se o elenco não for bem reforçado nada adiantará.

Vasco: Volta a elite do campeonato em clima preocupante. Depois de um estadual fraco e de ser eliminado da Copa do Brasil, nem um treinador de verdade a equipe cruzmaltina têm. Para piorar a situação, a tendência é que Carlos Alberto retorne para a Alemanha em breve. De positivo, apenas a recente contratação de Zé Roberto ex-Flamengo e Botafogo. Os outros novos nomes são promessas como Nunes, que jogou o Paulistão pelo Santo André.

Agora é esperar até Dezembro!

domingo, 2 de maio de 2010

Vamos para a Guerra ou para a Copa?

Ganso comemora gol com Neymar no Campeonato Paulista 2010

O futebol arte está de volta. Pelo menos está a passeio no futebol brasileiro. Infelizmente não sabemos até quando vai durar essa molecada do Santos atuando de maneira ofensiva, entusiasmante, avassaladora em nossos gramados. Como é saboroso parar numa tarde de domingo para vê-los jogar. Fazia tempo que o esporte mais popular do mundo não juntava tanta gente boa de bola no mesmo time.

E, agora? Quando aparece uma galera tão empolgante não vamos aproveitar? Temos tudo para fazer uma grande Copa do Mundo em 2010. Dunga vem sendo criterioso, vencedor, resgatou o respeito pela camisa amarela e até mesmo a vontade dos jogadores em vesti-la. Não é fácil discutir sua conduta, mesmo sendo adepto de um futebol mais defensivo, sem dar show.

O fato é a seleção brasileira não vai para a terceira Guerra Mundial. Vai disputar um campeonato de seleções de futebol. E a melhor munição que pode ser levada para esta batalha é o talento. É o que temos de melhor. É o que o momento pede, a ocasião pede. É o que os Deuses do esporte imploram. Se realmente futebol é momento as melhores opções estão nos pés dos Meninos da Vila.

Ás vezes é válido voltar no tempo. Lá em 1962, onde o time Campeão tinha Pelé (jogou pouco aquela Copa), Zito, Coutinho, ambos do Santos. Em 1970, tinha Carlos Alberto Torres, Clodoaldo, Edu e Pelé em sua grande Copa. Porque não repetir a tradição com Paulo Henrique Ganso, Neymar e Robinho. Será que o Elano é tão melhor assim? Será que Ramires e Julio Baptista estão mesmo arrebentando lá fora? Eu não estou tão convencido disso. Só estou sabendo que o Adriano está completamente fora do contexto.

Gostaria de ter falado do jogo de hoje contra o Santo André. Mas nem precisa. Quem viu, viu. Quem não viu, solicite o vídeo tape. Eles jogam bola mesmo, fizeram a melhor campanha sim e não tem desculpa. São campeões de verdade. Ao Santo André também fica o respeito por ter jogado com tanta vontade, atitude, interesse em acabar com a festa santista. Valeu pelo grande trabalho feito pelo Sérgio Soares.

Para finalizar, meus parabéns a postura do camisa 17, Paulo Henrique Ganso, que deveria de carregar a numero 10 nas costas. Um autêntico comandante com e sem a bola nos pés. Não tem essa mesmo. Craque não se tira do jogo. O grande jogador tem que estar lá em todas as situações para resolver o problema. Postura de gente grande, de atleta que está com vontade de vencer.

Depois disso, creio que ninguém precisa assistir mais nada. Salve o futebol arte!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

A partida que não vai acabar


O jogo dos tempos modernos. O clássico da primeira década do milênio. A partida que não acabará na memória de quem assistiu, por envolver tanta rivalidade num confronto histórico e pela quebra de um tabu que durou três anos. Uma tarde eterna para o botafoguense. Um dia para o flamenguista esquecer, embora tenha sido uma derrota normal de uma final de regional, onde não se pode fazer muitos prognósticos.

Um campeonato que começou conturbado para o time alvinegro. No lado oposto os rubro-negros iniciaram embalados pela conquista Brasileirão 2009. Mas, como futebol é momento, tudo está sujeito a alteração sem aviso prévio. Joel assumiu e fez do seu time uma família unida a ponto da equipe entrar em campo de mãos dadas na final deste domingo. Já Andrade passou a conviver com os problemas fora de campo. O Imperador cercado de mistérios, Petkovic falando mais do que rendendo, assim por diante.

Dentro de campo foi mais uma partida recheada de equilíbrio a exemplo dos anos anteriores. Pode ser visto até mesmo um duelo tático, onde o mais experiente conseguiu levar a melhor com um futebol de apenas eficiência, sobre o ainda debutante em Cariocas como técnico, Andrade.

Entre as quatro linhas também se viu um árbitro corajoso e criterioso na marcação das penalidades para os dois lados, embora este seja sempre um assunto polêmico pela raridade de rigor adotada pelo homem de amarelo.

Os 90 minutos, em si, não foram brilhantes tecnicamente. Para ilustrar, podemos dizer que as cobranças de alternadas de pênaltis aconteceram durante a partida. Nesta disputa a parte, Jefferson levou a melhor com méritos sobre Adriano, que não merecia se consagrar desta vez por tudo de errado que vem fazendo em sua carreira nos últimos tempos – e olha que ele joga pelo seu time do coração! Lamentável.

Diferentemente dos anos anteriores, a equipe do presidente Mauricio Assumpção teve segurança embaixo de suas traves durante todo o campeonato. Nota-se evolução e aprendizado com os erros do passado, algo fundamental para atingir o sucesso. Aquela frase se repete “um bom time começa por um bom goleiro”, embora o time da estrela solitária esteja longe de ser brilhante.

Aos alvinegros, segurar Joel e se reforçar será fundamental daqui para diante. Não se iluda com a conquista merecida. Para a turma do barulho da Gávea, o primeiro passo é seguir na Libertadores, se não tudo vai desandar de vez.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

O clássico dos anos 2000


De vez em quando escuto alguém dizer - “as coisas se repetem”. E Não é que é verdade.Essa história dos problemas do Adriano, do mal estar de Pet com o grupo é antiga – Todo mundo sabe disso. O problema é quando a coisa para de funcionar dentro de campo.

Antigamente todo mundo saia, tomava a seu chope, mas chegava no jogo de domingo tudo acontecia normalmente. Jogavam e resolviam. Eis a questão. Hoje o atleta profissional não tem limites. O que será que aconteceu com o Imperador nos últimos tempos? Que dor lombar é essa que o afasta tanto tempo da bola? Melhor não comentar. Péssimo para o time rubro-negro. Pior ainda este cenário em ano de Copa do Mundo. Alô, Dunga!

Melhor então falar do jogão de domingo. Apesar de terem chegado nesta final com uma ajudinha da arbitragem, Botafogo e Flamengo estão marcando essa hegemonia na história da primeira década dos anos 2000. Daria até uma bela obra transformada em livro. Esta será nada menos que a quarta final consecutiva entre os clubes.

Futebol por futebol, os que vestem preto e branco tem jogado pragmático visando o resultado. Mesmo assim, não pode ter vergonha da jogada aérea,o que ás vezes acontece. O time de vermelho e preto sofre de “Vagner Love dependência”. Algo semelhante acontece com Caio do outro lado. Mesmo com todas as coisas acontecendo, Adriano é o Imperador. É decisivo.

Vejo um enorme equilíbrio, assim como foi nos anos anteriores. Talvez a grande diferença das equipes,no momento, seja fora do gramado. Enquanto “Papai Joel” tem os filhotes na mão, Andrade por sua vez não tem conseguido conter o brio de seus jogadores.

Um pedido aos Deuses da bola; Que prevaleça a arte. Que vença quem jogar limpo. Sou a favor do romantismo com a bola no pé. Espera-se que seja domingo um jogo justo. Pois, se depender da autonomia dos homens fantasiados de árbitros atrás dos gols, todo mundo sabe o que pode acontecer.

Para finalizar. Está lembrado que as coisas se repetem? Ano passado o lateral Juan, do Flamengo, fez aquela barbaridade com Maicosuel. Nada aconteceu e ele jogou a final normalmente. Como a vida é engraçada. Um ano depois está fora por ter cometido uma faltinha infantil.

Vamos deixar a "pelota" rolar. Se não o futebol vai perder a graça.

Kadu Braga

terça-feira, 6 de abril de 2010

O astro do planeta "Messiano"

O melhor do mundo comemora gol pelo Barcelona

A Missão impossível de 2010: marcar Lionel Messi, o jogador da atualidade. Se os zagueiros e volantes estão se desdobrando afim pará-lo, dissertar sobre o camisa 10 do time de Barcelona também é não tão simples. Mas por que a dificuldade? É que parece que este astro da bola veio realmente de outro planeta. Talvez seja difícil falar a lingua do lugar imaginário que acabo de apelidar de “Messiano”.

Mas, a linguagem do mundo do esporte é universal. Escrever do seu futebol lunático é prazeroso e não meço nenhum esforço para fazer isso. É um orgulho poder tocar no assunto futebol-arte. Messi é a mistura do jogador moderno com o talento antigo. É a mescla perfeita do objetivo com o criativo. E o melhor. A soma dos dois resulta na solução máxima do jogo de futebol:o gol!

O melhor do mundo não é centroavante. Está longe de ter a estatura de um grandalhão, mas tem uma capacidade incrível de decidir tanto perto quanto longe da área. No futebol de hoje em que se exige tanta força, o argentino supera tudo com a genialidade do seu toque curto, seu chute certeiro, seu domínio elegante, seu passe milimétrico.

Além de Lionel Messi ter o talento nato com a bola nos pés, o jogador teve uma “escola” que poucos terão na vida futebolística. Depois que chegou ao Barcelona em 1996, com 12 anos de idade, cresceu assistindo grandes jogadores passarem pela equipe catalã. Seus “professores” foram simplesmente: Giovanni, Ronaldo Fenômeno, Luis Figo, Luis Henrique, Kluivert, Rivaldo, Edgar Davids e Ronaldinho Gaúcho, só como exemplo. Lionel teve a influência indireta destes, como o músico que escuta Chico Buarque, Caetano e desenvolve seu som.

Não tenho nenhuma dúvida que Messi é Messi e não merece comparações com ninguém. Comparar seria uma grande injustiça tanto com os outros, quanto com o próprio, que é dono de um talento de repertório afinado. Se o craque realmente soube evoluir com o senso de percepção da “escolástica do futebol” que teve ao longo dos anos, é mais um mérito que prova a sua inteligência.

Acredito que o seu nome será para sempre. Até porque ninguém é igual a ninguém. Seja dentro, seja fora de campo.

Kadu Braga

quarta-feira, 31 de março de 2010

Zico fala sobre a Copa: "Gostaria de ver uma seleção africana ente as quatro primeiras"


O treinador e ex-jogador, Zico, esteve esta semana no lançamento do Livro "As melhores seleções brasileiras de todos os tempos", escrito por Milton Leite, narrador do Sportv. O blog Golaço marcou presença no evento e aproveitou para bater um papo sobre Copa do Mundo com o rubro-negro. Confira o principal trecho.

Como é a emoção de participar de uma Copa do Mundo?

É muito gratificante porque é a maior competição do futebol mundial. Essa oportunidade coroa a carreira do atleta. É muito bom ainda mais defendendo uma seleção como a do Brasil, embora as Copas não tenham sido boas para mim. Aconteceram coisas que não são normais do dia-a-dia, não tenho boas recordações.



Qual a maior dificuldade em uma competição deste porte?

É uma competição curta que exige empenho o tempo todo. Ás vezes você têm um grande time, um grupo com grandes jogadores, mas não joga bem um dia e é eliminado.

Como deve ser a preparação adequada de um atleta para chegar bem na Copa?

Hoje o futebol depende muito do preparo físico. Se o atleta não estiver bem, por melhor que ele seja não toca nem na bola. Então o ideal é se manter no peso tendo cuidado com a alimentação e jogar regularmente pelo clube. Isso facilita o trabalho para estar em condições perfeitas de jogo.

Acredita que existe uma diferença de comportamento dos jogadores da sua época para os de hoje em dia?

Antigamente os jogadores jogavam no Brasil e se tinha uma identificação forte com as torcidas. Era uma seleção formada por atletas que cresceram aqui e isso gerou uma empatia com o futebol brasileiro. Acho que hoje é diferente. Eles não têm mais isso com os clubes. Então se ganham ótimo, se perdem pegam o avião e voltam para casa.

Como chega a seleção brasileira neste Mundial?

Chega mais uma vez como uma das favoritas ao título pelos resultados obtidos, pelas conquistas recentes e pela seleção que tem.

Qual a sua expectativa para a Copa de 2010?

Creio que vai ser uma grande Copa por ser a primeira no continente africano. É importante que corra tudo bem. Sou um admirador do futebol deles, pois evoluíram muito nos últimos anos. Hoje eles tem jogadores de alta qualidade que jogam em times grandes no mundo inteiro. Gostaria muito de ver um time africano dentre as quatro primeiras seleções.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Vôou de vez o 'Pelé da palavra': Armando Nogueira

Armando no Maracanã nos anos 1990

O maior cronista esportivo do País, Armando Nogueira, também ‘Pai do telejornalismo brasileiro’ e fundador do Jornal Nacional, nos deixou neste 29 de março de 2010. Com os seus sábios 83 anos idade deve ter chegado ao céu pleno, por ter feito tanta coisa boa na terra. O caminho até o seu lugar no paraíso, pode ter sido semelhante a um de seus vôos de ultraleve, uma de suas diversões nas horas vagas. Desfrutar do horizonte era, para ele, algo celestial. Armando tinha aquela inveja boa dos pássaros, que tem a felicidade de ter uma visão mais amplificada do mundo. Os animais voadores eram sempre observados com carinho ao vento quando estava pelas alturas.

Suas palavras de encantamento pelo esporte formulavam mais do que frases. Eram declarações de amor que saiam do lado esquerdo do seu peito. Quanto ao mundo do futebol, nem se fala. Seu lirismo e romantismo faziam mais do que sintetizar qualquer fato ou momento do mundo da bola. Armando era capaz de tocar os apaixonados pelo mundo futebolístico com frases curtas, objetivas com a sinceridade de quem ama o que faz.

Nesta relação amorosa bola-Armando Nogueira, o Jornalista será eternamente lembrado como alguém memorável. Me arriscaria a dizer que ele foi o Pelé do Jornalismo Esportivo. Graças a Deus o cronista teve o privilégio de viver tantas coisas boas. Sua época de tantos momentos épicos de tantos craques, tanta arte, tanto brilho com jogadores como: Garrincha, Pelé, Zico, Sócrates, Dinamite, Nilton Santos, Romário, Ronaldo, entre outros mais, que admirava a com a simplicidade de um apaixonado e os tratavam em seus textos com a devida elegância do futebol da época.

Nos últimos tempos o futebol anda escasso dos momentos de alegria dentro de campo. Pode se dizer que em nosso território, hoje, talvez apenas o time do Santos fizesse Armando se inspirar assistindo a elegância de Paulo Henrique Ganso, acompanhado da ‘molecagem’ de Neymar e Robinho brincando de jogar bola. Neste embalo sim o poeta do futebol poderia transformar em palavras toda sua paixão. Quem sabe ainda colocar em sua gaita, uma melodia como fundo musical para as recentes comemorações em ritmo de dança para os Meninos da Vila.

Armando Nogueira para mim será eterno. É um espelho, um exemplo, um ícone, um sábio da vida e do mundo do esporte.

Descanse em paz e ilumine os caminhos daqueles que aqui estão. Dentro e fora das quatro linhas sempre!

Kadu Braga

segunda-feira, 15 de março de 2010

O futebol-espetáculo na Vila Belmiro

Jogadores do Palmeiras comemoram um dos gols no clássico

Um clássico para a história. A partida deste domingo entre Santos e Palmeiras foi mais que um jogo qualquer. Foi um espetáculo. O torcedor reclamou de pagar caro pelo ingresso, mas com toda certeza valeu a pena. Uma partida de sete gols, dribles, algumas jogadas de efeito, e o mais legal de tudo; As comemorações criativas dos jogadores de ambos os times. Esse sim deve ser o espírito alegre que o futebol deve mostrar ao público.

O placar final de 4 a 3 em favor do Palmeiras quebrou a invencibilidade de 12 jogos que tinha o Santos em 2010. Essa vitória pode também representar um início de recuperação do time alviverde no Campeonato Paulista, pois é apenas o sétimo com 22 pontos. Já o Santos está sentado na vantagem na liderança da competição, com dez a mais que o rival.

É saboroso quando o futebol proporciona momentos de arte. Apenas jogos assim entram para a história e ficam na memória do torcedor apaixonado por futebol. Vejam clubes, dirigentes, empresários, cartolas da bola, como vale a pena investir. De um lado a garotada do Santos com Robinho. Do outro Diego Souza, Cleiton Xavier e Robert, agora acompanhados dos estreantes Ewerton e Lincoln.

Fica o gosto de quero mais para quem gosta do bom futebol. Para quem acha que clássico nas fases de classificação não serve para nada, está aí. Um belo aperitivo para aquecer ainda mais a rivalidade entre os times. E porque também não ser, quem sabe, algo determinante para as mudanças para um futuro melhor.

FUTEBOL CARIOCA

Não esqueci do futebol Rio de Janeiro. No jogo entre Vasco e Flamengo, basta comparar o poder de decisão de Adriano com o de Dodô. Mas quem brilhou mesmo na noite deste domingo, foi o grande goleiro Bruno defendendo duas cobranças de pênalti. A velha máxima se repete. Um bom time começa por um bom goleiro.

terça-feira, 2 de março de 2010

Robinho brilha e seleção vence a República da Irlanda no ultimo amistoso antes da Copa

Robinho comemora depois de marcar (Foto: AG REUTERS)

No ultimo amistoso da seleção brasileira antes de Copa, diante da Irlanda, no Emirates Estadium, do Estádio no Arsenal, da Inglaterra, muita dificuldade no inicio. Mas, valeu pela vitória por 2 a 0. O time verde e amarelo começou tentando pressionar a saída de bola do time irlandês. Mas quem teve a primeira oportunidade foi Robby Keane, logo aos três minutos. Após tabela na entrada da área, o atacante chutou fraco.

A seleção irlandesa marcava muito bem. Com isso, os comandados de Dunga tinham dificuldade em trocar passes para chegar perto do gol. O primeiro chute veio com Kaká, que arriscou de fora da área aos 11 minutos. A resposta dos atletas de Giovanni Trapattoni veio aos 15. Duff cruzou na medida e Nathan Doyle cabeceou muito bem obrigando a Júlio César fazer grande defesa.

A pressão continuou, assim a equipe brasileira passou a apostar nos contra-ataques. Aos 20 minutos, Robinho recebeu em velocidade e achou Adriano bem posicionado. O Imperador recebeu mas foi travado no momento do chute. Seis minutos depois, o camisa nove da seleção ainda levou perigo novamente em cobrança de falta.

Ambas as seleções erravam muitos passes, por isso as jogadas de perigo eram poucas. No fim da primeira etapa os brasileiros passaram a se movimentar mais, facilitando o toque de bola. E o Brasil abriu o placar justamente em jogada rápida. Maicon achou Robinho, que recebeu em posição irregular e o atacante bateu cruzado. A bola ainda desviou em Keith Andrews e entrou. Contagem aberta favor dos atuais pentacampeões do Mundo aos 43 minutos:1 a 0.


SEGUNDO TEMPO

Na volta para o segundo tempo a equipe de Dunga trocava passes para achar os espaços. Os primeiros 15 minutos da ultima parte não tiveram muito brilho. A partida estava truncada. O jogo esquentou mesmo depois da entrada de Daniel Alves, que já entrou criando grande oportunidade ao pressionar a saída de bola. O coringa da comissão técnica da seleção, que entrou lugar de Ramires, conseguiu roubar a bola, driblar o goleiro e chutou para fora aos 19 minutos.

Aos 24 minutos em nova pressão no campo de ataque, Maicon roubou novamente a bola e Robinho aproveitou a bobeira da defesa para marcar o gol. Mas camisa 11 foi flagrado em posição irregular. Pouco depois o rei das pedaladas perdeu nova chance clara depois de boa jogada de Kaká pela linha de fundo.

A seleção melhorou bastante na etapa final, mesmo com as mudanças feitas. Para notar a evolução, o segundo triunfo veio depois da equipe trocar 22 passes e permanecer por um minuto com a posse de bola. Na jogada, Robinho fez boa tabela na entrada da área com Grafite e colocou no canto para ampliar aos 30 minutos da etapa final.

Depois disso o time de Dunga mandou no jogo. Os jogadores que tiveram oportunidade tentaram aproveitar para mostrar bom futebol, principalmente Grafite que participou de jogadas interessantes. Carlos Eduardo e Daniel Alves também entraram dando bom dinamismo a equipe.

A Irlanda ainda chegou a assustar no finzinho, mas sem conseguir alterar o placar. Fim de jogo: 2 a 0 para o Brasil no ultimo amistoso antes da Copa do Mundo.

FICHA TÉCNICA

BRASIL 2 X O REPÚBLICA DA IRLANDA
LOCAL: EMIRATES ESTADIUM, EM LONDRES(ING).
DATA:02/03/2010
ÁRBITRO: MIKE DEAN (ING)
AUXILIARES: STIVE CHILD (ING) E SIMON BECK (ING)
GOLS: Keith Andrews (contra aos 43' 1T ) e Robinho (aos 31' 2T)

BRASIL: Júlio César; Maicon (Carlos Eduardo), Lúcio (Luisão), Juan e Michel Bastos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Ramires (Daniel Alves) e Kaká; Robinho (Nilmar) e Adriano (Grafite)

REPÚBLICA DA IRLANDA:Shay Given; Stephen Kelly, Paul McShane, Sean St Ledger e Kevin Kilbane; Lawrence (McCarthy), Glenn Whelan (Gibson), Andrews e Damien Duff (Aiden Mcgeady); Robbie Keane e Kevin Doyle (Leon Best)

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A reviravolta da cachorrada de Joel

Joel Santana festejando com os seus comandados (Foto:AD)

Costumo dizer que a vida é muito simples, basta ter os pés no chão que tudo dá certo. Embora seja bem verdade, que nem em tudo a soma de dois mais dois resulte sempre quatro. É o caso do imprevisível esporte chamado futebol. O Botafogo começou a temporada desacreditado. Mais que isso. Destroçado pela própria torcida tomada de ódio e ao mesmo tempo paixão, a exemplo do torcedor que ateou fogo na camisa alvinegra.

No mundo da bola também se aplica algumas daquelas frases prontas. Como: “há males que vem para o bem”. No futebol existe hora certa para perder, embora o objetivo seja sempre vencer. A reviravolta da equipe alvinegra começou a ser construída desde após a humilhante goleada sofrida diante do mesmo Vasco que derrotou domingo. Certamente o fato foi determinante na caminhada deste primeiro turno.

O time vencedor desta Taça Guanabara está longe de ser uma grande equipe recheada de craques ou um valioso elenco. No entanto está sob o olhar experiente de Joel Santana. Um grande conhecedor de tudo que se passa dentro e fora das quatro linhas. Mas, também não seremos injustos com os filhotes do “cão de guarda” Joel, pois todos foram muito obedientes.

Ao Vasco, que vem fazendo uma grande campanha talvez tenha faltado mesclar durante a partida, o talento individual de seus craques com o conjunto. Phillipe Coutinho tem um futuro promissor e merece um cuidado especial. O momento é de produzir mais e enfeitar menos, Phillipe!

Apesar de ter sido um jogo de extremo equilíbrio, a maior diferença entre os dois times no domingo foi que o Botafogo teve ciência das suas limitações. Enquanto isso, o Vasco achava que tudo seria fácil como foi no Engenhão. O mais interessante de tudo é que tanto na vitória quanto na derrota tiram-se lições.

É por isso o futebol é tão bom e encanta as multidões.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Dunga deixa Ronaldinho de fora. Gilberto e Kléberson ganham nova chance

Dunga explica situação de Ronaldinho (Foto: autor desconhecido)

A Copa do Mundo se aproxima, a ansiedade aumenta, e a lista de Dunga pouco muda. Mais uma vez Ronaldinho Gaúcho não apareceu dentre os nomes escolhidos para vestir a camisa verde e amarela. O técnico da seleção brasileira apresentou apenas o retorno de Kléberson, do Flamengo e de Gilberto, do Cruzeiro. Fora isso nenhuma grande surpresa na lista dos 22 convocados para o amistoso contra a Irlanda, no próximo dia 2 de março, em Londres, no Emirates Estadium, que pertence ao Arsenal. Este será o ultimo amistoso oficial de preparação do time antes da estréia da Copa, que será no dia 15 de junho diante da Coréia do Norte, em Jonhannesburg.

Durante a entrevista coletiva, o técnico da seleção canarinho teve trabalho para driblar a imprensa que tinha grande expectativa da volta de Ronaldinho Gaúcho ao selecionado. Embora não descarte de vez o retorno do craque, o comandante foi objetivo ao falar sobre o assunto.

- Todos têm chances. Nós analisamos e procuramos opções para o grupo. Neste momento o Ronaldinho não faz parte – comentou.

Dunga também comentou sobre a presença de Gilberto, que é lateral esquerdo de origem, mas vem atuando como meia no Cruzeiro.

-Gilberto vem como lateral. É experiente, conhece bem a posição. Vamos trazê-lo para observá-lo. O jogador já esteve conosco - disse o treinador.

Em relação ao meia Kléberson, Dunga fez questão de ressaltar a experiência do jogador que tem uma Copa do Mundo em seu currículo e vive um bom momento no clube.

- É um jogador que conhecemos, já disputou um Mundial, fez um bom campeonato no ano passado e agora voltou a viver um bom momento. Vamos observar mais uma vez -finalizou.

VEJA A LISTA COMPLETA:

GOLEIROS
Julio César (Inter de Milão)
Doni (Roma)

LATERAIS
Maicon (Inter de Milão)
Daniel Alves (Barcelona)
Gilberto (Cruzeiro)
Michel Bastos (Lyon)

ZAGUEIROS
Juan (Roma)
Lúcio (Inter de Milão)
Luisão (Benfica)
Thiago Silva (Milan)

VOLANTES
Gilberto Silva (Panathinaikos)
Josué (Wolfsburg)
Felipe Melo (Juventus)

MEIAS
Kaká (Real Madrid)
Ramires (Benfica)
Elano (Galatasaray)
Julio Baptista (Roma)
Kleberson (Flamengo)

ATACANTES
Robinho (Santos)
Adriano (Flamengo)
Nilmar (Villarreal)
Luis Fabiano (Sevilla)

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Mais um jogo histórico

O Maracanã viveu no ultimo domingo mais uma de suas noites históricas. Um clássico com cara de clássico. Um Fla-Flu com devido brilho que jamais se perdeu. É muito bom ver o crescimento do futebol do Rio de Janeiro nos últimos tempos.

A espetacular recuperação do time de Andrade no segundo tempo teve o dedo do treinador, aliado ao brilho do talento do ataque de Adriano e Vagner Love. Faz diferença a alta qualidade técnica e o poder de decisão destes jogadores. Ao também bom time do Fluminense, talvez tenha faltado um pouco mais de experiência. O time de Cuca ainda sofre muito quando não tem Fred no comando de ataque.

Algo interessante para se observar é a boa média de gols no Campeonato Carioca. A incessante busca pelo gol a todo instante. O gol é a máxima do futebol. É prazeroso ver um clássico tão movimentado, onde o Flamengo mesmo com um a menos, não se acovardou em nenhum momento. E esse foi grande mérito do time vencedor.

Que o nosso futebol continue crescendo preservando o jogo para frente, investindo em qualidade visando o futebol arte. No final das contas, quem não ataca, perde.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Felicidade Futebol Clube

Robinho e as suas marcantes pedaladas pelo Santos em 2002

O quarteto está de volta. Não, leitor. Não é aquele apelidado de fantástico que não fez nada na Copa de 2006. Curiosamente são os atacantes que estiveram no último Mundial com a seleção brasileira. O caminho de volta começou com Ronaldo. Depois Adriano e Fred. Agora, é a vez de Robinho.

Quase quatro anos se passaram e eles estão no futebol de onde surgiram. Todos eles sem sombra de dúvida vieram para cá em busca do “Felicidade Futebol Clube”. De volta as origens. Ficar perto da família, dos amigos, do seu povo para ter em campo motivação. Assim, o talento ressurge de dentro do peito como a criança que nasce apaixonada pelo objeto chamado bola. A conseqüência é o rendimento dentro de campo que volta a ser aquele que conhecemos.

Bom negócio para os clubes? Vejamos: Corinthians papou simplesmente o Paulista e a Copa do Brasil ano passado com a ajuda do fenômeno. Que beleza, Ronaldo! O Flamengo teve em Adriano o artilheiro do brasileirão conquistado. Muito bem, Imperador! E o tricolor carioca se livrou do rebaixamento com os gols mais do que importantes de Fred. Maravilha, Fred! E agora, Santos?

A volta do rei das pedaladas é motivo de alegria para o nosso futebol. É um dos homens de confiança de Dunga e fez por merecer este cargo. Precisa apenas reencontrar sua paz em campo, marcar seus gols para estar bem até a Copa. Também não podemos recriminar Robinho, por não atuar nestes seis meses, em competições de grande nível técnico. Afinal por tudo que já fez o astro santista não precisa provar seu talento para ninguém.

Agora é só pedalar, Robinho!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A vez do dentuço

Ronaldinho comemora gol com camisa do Milan. Foto: Autor desconhecido

A alegria está de volta, e o futebol também. O semblante de Ronaldinho Gaúcho voltou a ser aquele que lembra seus tempos de Barcelona. O camisa 80 do Milan precisava apenas disso para fazer o que melhor sabe: brincar de jogar bola. Era assim que fazia quando menino em seu surgimento, com as malícias de quem faz arte e começa a rir.

Esqueçamos, por ora, o posicionamento, a condição física boa ou má, com quem está jogando ou com quem irá jogar. E os números? Deixa pra lá, né! Basta ver o que ele fez nos últimos jogos. Mas, se quiser dar uma olhadinha no papel, não irá perder seu tempo.

Ronaldinho Gaúcho não precisa de boletim para ser Ronaldinho Gaúcho. O que importa é que a felicidade lhe faz jogar bola. Dizer que só joga em clube? Uma grande injustiça. Jogar bem depende apenas do seu espírito despertar para isso. Sua cabeça lhe permitir fazer fluir seu jogo.

Faz bem lembrar também, do ainda jovem Ronaldinho contra a Inglaterra em 2002. O que seria de nós se não fosse sua genialidade com seu magistral gol de falta e seu drible desconcertante na zaga Inglesa? Sua Copa das Confederações em 2005, tampouco se joga fora.

A grande questão é que Ronaldo de Assis Moreira está dando sinais de amadurecimento. Há quem diga que grandes jogadores têm o seu grande apogeu, entre os 26 e 30 anos.Os maiores de todos os tempos tiveram as suas Copas para timbrar ainda mais seus nomes no futebol mundial. Pelé em 58 e 70, Garrincha em 62, Romário em 94 e Ronaldo Fenômeno em 2002. Quem sabe essa não será a vez de Gaúcho?

Agora depende do próprio fazer acontecer. Salve o futebol arte!