segunda-feira, 1 de julho de 2013

O novo-velho cartão de visitas do Brasil

Muito prazer: Brasil. Demorou apenas um minuto e trinta e três segundos para começar a festa. Foi uma verdadeira aula de futebol diante da temida e invicta Espanha após 26 jogos. O gol de Fred no início da partida colocou o time e a torcida numa verdadeira sintonia ainda mais fina.

Só quem viveu a experiência conseguiu sentir a presença dos ‘Deuses do Futebol’. A energia era diferente mesmo da vitória por 3 a 0, diante dos espanhóis no Maracanã.

Esportivamente Felipão acertou em cheio.  O comandante da seleção tem uma capacidade incrível de aproveitar ao máximo de cada atleta. Parreira além de um gestor experiente sabe lidar muito bem com grupo. A dupla fora de campo está construindo uma equipe com a cara do Brasil. Uma geração jovem, muito talentosa e ao mesmo tempo madura.

O destaque de Neymar foi o verdadeiro cartão de visitas que precisávamos. É o novo-velho selo qualidade na seleção brasileira. Um jogador que mistura arte com objetividade. A impressão que se têm é que o craque brasileiro ‘custou barato ao Barcelona’. Somando seu talento com a experiência que irá adquirir na Europa ajudará ainda mais a seleção brasileira em 2014.

A experiência do ‘Gameday’ foi a melhor possível. Sem grandes problemas a torcida teve oportunidade de aproveitar o espetáculo de forma saudável. O transporte público integrado para os torcedores foi uma tacada acertada da organização.

 O clima de festa com atração musical, os quiosques dos patrocinadores para ativação de marcas como Sony, Coca-Cola, Adidas, Budweiser, Hyundai e outras parceiras proporcionaram entretenimento de alto nível aos torcedores. São grandes corporações fortalecendo suas marcas em ambiente único. Assim, o alto investimento na esfera esportiva se justifica já que vai além da simples exposição da logomarca. Ele toca diretamente na emoção da experiência positiva do torcedor.

A vitória do Brasil ajudará muito no engajamento do povo para a competição principal no próximo ano. O sucesso em campo às vezes torna-se um elemento engajador até mesmo no ponto de vista de marketing, já que vivemos um momento de união por um país mais justo e sério no ponto de vista governamental.

 Agora, comemorações à parte, entramos em contagem regressiva. Temos menos de um ano para ajustar os detalhes que deram errado no evento teste. É fazer o resultado positivo de dentro das quatro linhas aparecer no lado de fora, pois a dimensão  e a responsabilidade da Copa do Mundo é bem maior.

terça-feira, 18 de junho de 2013

POR UM NOVO CONCEITO? QUE SEJA!

Há pouco mais de 15 dias Brasil X Inglaterra entraram em campo no Maracanã, em jogo teste para Copa das Confederações.  O desempenho do time em campo não é o assunto do momento e parece que o jogo agora é fora de campo.  Naquele dia senti falta de nacionalismo da torcida brasileira. Os brasileiros se mantiveram praticamente calados ao longo daqueles 90 minutos de partida. Nem mesmo o tradicional “Eu sou brasileiro com muito orgulho e com muito amor", foi entoado pelos espectadores”.

O brasileiro já não sente mais orgulho. A aproximação do povo brasileiro com a Copa, apesar de ser em nosso território não é tão grande. Talvez nem mesmo um marketing eficiente dos órgãos competentes seja capaz de proporcionar isso. O preço abusivo dos ingressos é outro fator claro que deixa o verdadeiro torcedor brasileiro fora do espetáculo. Será que está todo mundo se sentindo vendido à FIFA?

Mas a verdadeira questão está muito além de uma partida de futebol. Ganhar ou perder a competição não é o mais importante agora. A população brasileira acordou para o descaso que está acontecendo neste Brasil há um longo tempo. Está todo mundo cansado de ser enganado. Os protestos mostram a cara de um novo pensamento unificado. É a mescla da alta sociedade com o trabalhador humilde.

Com certeza não é por 20 centavos.  Torçamos para que seja muito além disso. Que seja então por um novo conceito. Assim, na hora de ir às urnas, que ninguém se venda por nada e faça sua parte na hora de escolher o poder.

Assim ficará mais fácil o Brasil ser campeão de verdade fora dos gramados. 

(Foto: Site Uol)

domingo, 2 de junho de 2013

DOMINGO DE CURTIÇÃO E OLHAR CRÍTICO NO MARACA

Neste domingo a partida amistosa de preparação da Copa das Confederações entre Brasil e Inglaterra, empatada em 2 a 2, marcou a reinauguração oficial do Maracanã.  Ir a grandes eventos por aqui nunca foi uma missão das mais fáceis. Ainda estamos aprendendo a organizar tudo em padrões internacionais. Tratar bem o consumidor é regra básica.



Indo para o Maraca acompanhado da minha mãe, tentava-me desprender do meu olhar crítico como Jornalista e Gestor em Marketing Esportivo para aproveitar o ‘Gameday’ como torcedor brasileiro de camisa amarela. ‘Impossível’. Curtição sim é claro. A análise viria por tabela.

Pelo lado lúdico pisar no Novo Maracanã quatro anos depois foi uma emoção forte.  O Estádio está muito bonito e moderno, embora a real sensação seja de que estamos pisando em uma arena esportiva em outro País. A essência do verdadeiro Maraca se foi para quem conheceu bem um dos maiores ‘Templos do Futebol’.

Em um contexto geral tudo fluiu sem maiores confusões. A dificuldade do acesso de e saída com acesso de taxi ou carro era previsível, embora tenhamos sido vítima de um atendimento péssimo do motorista que nos levava - um verdadeiro absurdo. Na saída dificuldade para conseguir condução. A prefeitura deveria ter organizado uma zona para que este tipo de veículo pudesse encaminhar os torcedores com o devido conforto e o mais próximo possível.

Outro fato interessante aconteceu neste dia marcante. A questão dos lugares numerados tem vantagens e desvantagens rende boa discussão. Certo momento deixamos as cadeiras para tirar fotos, quando um rapaz sentou em meu lugar. Educadamente mostrei meu ingresso. Apesar de retrucar um pouco e pensar por alguns segundos, levantou-se. Resolvido. Outras pessoas sentadas perto também tiveram o mesmo problema.

O ponto positivo desta medida é pelo conforto nestas situações. O torcedor pode se deslocar sem ter problema, tem a possibilidade de chegar ao jogo em qualquer horário que o seu lugar, se respeitado, estará ali. É uma novidade interessante. Culturalmente será difícil de emplacar no em terras brasileiras.

Pensando pelo lado negativo se for a diante será cada vez mais difícil de assistir aos jogos com um grupo de amigos. Não é fácil todos conseguirem comprar entradas no mesmo setor.  As torcidas organizadas ficariam como? Teriam parte previamente reservada? A medida poderia também colaborar no cadastramento dos torcedores, por consequência ajuda a diminuir a violência.


Em campo não se viu um show de bola. Neymar esteve muito bem. As experiências com Luiz Gustavo e Felipe Luís foram interessantes. O lado inglês mais eficiente. Poucas chances e um belo gol de Rooney. Aos poucos o time de Felipão deve se entrosar. Assim, o talento de Neymar, Lucas, Oscar e Fred vai aparecer. E tomara que seja com Futebol-Arte. 

segunda-feira, 27 de maio de 2013

O CASE NEYMAR: UMA VITÓRIA DO FUTEBOL BRASILEIRO

Tempos atrás o improvável era dado como impossível. Jovens tantos brasileiros esbanjavam talento nem estouravam idade e já rumavam para o exterior. Resultado disso: pouquíssima aproximação com o torcedor de seu clube, poucos títulos, pouca experiência, identidade quase zero com a bandeira brasileira. Foi assim com Alexandre Pato, André, Keirrison, Nilmar, entre outros. Nenhum deles encantou no exterior voltaram a jogar no futebol brasileiro.

A história de Neymar está sendo escrita diferente. O tratamento dado a ele foi outro em todos os sentidos, justamente por ser uma jóia rara no futebol mundial. Não me esqueço do episódio de 2010, na partida entre Atlético-GO x Santos, pelo Campeonato Brasileiro. Naquele jogo, o camisa 11 do Santos desrespeitou o então treinador Dorival Júnior, xingou, gesticulou para torcida, e ainda sobrou para o técnico do time goiano na época, René Simões.

Quis Deus e o destino aquilo acontecesse. As sábias palavras do treinador à imprensa colaboraram para o futuro de Neymar: “poucas vezes vi alguém tão mal-educado desportivamente. Estamos criando um monstro no futebol brasileiro” - completou Renê. Por mais estranho que se possa parecer, este  fato foi crucial na carreira do atleta. A partir dali houve uma transformação na infra-estrutura de atendimento. A lida com imprensa passou a ser mais saudável, houve uma significativa melhora do comportamento em campo e sua imagem se valorizou cada dia mais.

O desempenho do craque em campo também evoluiu.  O assédio do mercado europeu consequentemente aumentou. Mas o Santos Futebol Clube, os profissionais que trabalham para o jogador foram implacáveis. O que aconteceu, na verdade, foi um verdadeiro case de marketing e também esportivo. Uma vitória do futebol brasileiro. Resultado positivo dentro e fora das quatro linhas.

Ao longo destes últimos três anos o craque acumulou chegou a acumular 11 patrocinadores. Tudo isso para ajudar a bancar sua permanência no Brasil. Ele valorizou a marca Santos F.C. Sua imagem engordou os contratos de patrocínio do clube, cotas de TV, arrecadação em bilheteria, e o mais importante de tudo: conquistou títulos de âmbito nacional e internacional. Virou um verdadeiro ídolo. Aumentou a torcida. Isso nunca se apaga. O nome de Neymar Jr está escrito na história do Santos.

A ida para o Barcelona ajudará na continuidade do amadurecimento do jogador. Tem tudo para brilhar ao lado de Messi.  Faltando um ano para Copa é bom quando lembramos que - Neymar é brasileiro!  



segunda-feira, 20 de maio de 2013

O 'timing' de Neymar, do Santos, e do Brasil

Após o fim do Campeonato Paulista, vencido pelo Corinthians, a expectativa da imprensa esportiva em todo Mundo é da possível transferência do jogador brasileiro mais importante na atualidade: Neymar.  Tudo indica que chegou a hora. Há quem diga, inclusive, que já passou da hora.

O astro da Vila Belmiro precisa fazer sua carreira evoluir atuando na Europa ao lado e também contra os melhores jogadores. Está começando a passar do ‘timing’ para todas as partes.  A mudança imediata do camisa 11 traria benefícios aos envolvidos.

Além do aspecto esportivo ao atleta, incluo com justiça os lucros do Santos F.C, clube formador responsável direto pelo sucesso ‘Case Neymar’ ao lado agências de marketing esportivo e empresários no esporte brasileiro. Quebrou-se o tabu de que grandes jogadores não podem fazer uma carreira vitoriosa no Brasil. Outros atributos podem ser incluídos no projeto como: criação de licenciamento de produtos, internacionalização da marca, crescimento da torcida, valorização de direitos de transmissão, etc.

Dentro das quatro linhas, o jogador carimbou títulos de expressão nos últimos três anos. Tri-Paulista 2010-2011-2012, Artilheiro e Campeão da Copa Kia do Brasil 2010, Copa Santander Libertadores 2011, Vice-Campeão Mundial Interclubes 2011, Vice-campeão do Paulistão Chevrolet 2013; pela seleção: Medalha de Prata nos Jogos Olímpicos 2012 e Bicampeão Superclássico das Américas 2011 e 2012.

A jogada visando o planejamento da continuidade da carreira de Neymar precisa ser bem estudada pela equipe que cuida dos interesses do craque. Embora o atleta já esteja mais bem preparado para atuar em qualquer equipe do futebol Mundial é preciso fazer uma análise geral abrangendo diversos aspectos: esportivo, físico, emocional, financeiro e outros detalhes capazes de influenciar no seu desempenho técnico.

Acredito que se seria melhor para o jovem brasileiro atuar no Barcelona. É uma equipe com mentalidade vencedora, escola de futebol moderno, inteligente, infra estrutura que dispensa comentários e se juntaria a um elenco de primeira linha com Messi, Xavi, Iniesta & Cia.

Fechando a análise sobre Ney Jr, não podemos esquecer de que ele é, ou deverá ser a nossa principal figura na Copa do Mundo 2014. Vejo a Copa das Confederações como um verdadeiro laboratório para Felipão e seus comandados. Isto será fundamental para se corrigir os erros e chegamos à competição principal mais perto do Hexa.

E o mais importante: mais bem organizados.

Foto: (Marcos Ribolli - Globoesporte.com)

terça-feira, 14 de maio de 2013

FELIPÃO QUER REPETIR 2002, NÓS TAMBÉM

O dia mais esperado dos últimos meses para o torcedor brasileiro. Depois do presidente José Maria Marín anunciar a Gol Linhas Aéreas como nova patrocinadora da CBF, a lista dos jogadores que vão vestir a camisa da seleção na Copa das Confederações, a ser realizada no Brasil foi divulgada. Luiz Felipe Scolari escolheu seus 23 novos escudeiros. 

Coincidência ou não, os jornais horas antes davam destaque ao palpite do ex-jogador e Deputado, Romário,  que aposta na Alemanha como favorita ao Mundial de 2014. 

O treinador quer repetir 2002, nós também. De família, à 'Esquadrão Scolari'. Na conquista do Penta, Felipão deixou o ex-camisa 11 de fora e venceu. Agora, o técnico da seleção mais visada do mundo quer uma equipe disciplinada. Optou por cortar nomes como Ronaldinho Gaúcho, brilhando no Atlético-MG e Ramires, destaque no Chelsea. Ambos teriam falhado com atrasos na apresentação para amistosos em Londres.

Apesar do quesito disciplina ser importante na manutenção do foco no trabalho, união do grupo e outros pontos positivos, acredito que talento e  momento do jogador devem ser levados em conta. No caso do camisa 49 do Atlético, vejo exatamente desta forma. No momento em que retoma sua motivação, fica de fora. Uma chance boa para todas as partes pode estar indo pelo ralo.

Por outro lado, o comandante optou pela jovem revelação Bernard, também da equipe mineira. De uma forma geral, entre os escolhidos, é possível se reconhecer que há jogadores muito talentosos como Neymar, Fred, Oscar, Lucas, Paulinho, Daniel Alves, Marcelo, Thiago Silva, e há três opções seguras na meta brasileira com Julio César, Jéfferson e Diego Cavalieri. Tudo depende de qual será a formação tática usada e do entrosamento da turma.

Acredito que temos potencial para brigar pelo título. Caso não venha é possível que os erros sejam aprendidos e não se repitam dentro de campo em 2014.

Já fora dele, o cenário é bem mais preocupante, pois não envolve apenas ganhar ou perder um taça. Envolve uma nação. Será que vai ter jeito?




segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

GESTÃO E MARKETING ESPORTIVO: PASSADO, PRESENTE E FUTURO

No inicio dos anos 1970 o futebol brasileiro já era valorizado. Naquela altura, a seleção já tinha o seu terceiro caneco conquistado no México. Aquela inesquecível seleção capitaneada pelo então ex-presidente, João Havelange, entrou para história não só dentro de campo, mas por ter tido também a primeira delegação completa, composta por preparador-físico, massagista, médico, fisiologista, e até um podólogo foi contratado, tamanha a preocupação “Com o instrumento de trabalho dos nossos jogadores”, -  justificou Havelange, em palestra no Rio de Janeiro em setembro de 2009.  “Foram retirados três quilos de impurezas dos pés de todos os selecionados” – contou o dirigente. Observem o detalhe e visão estratégica que JH teve há 43 anos atrás!

De lá pra cá muita coisa aconteceu no esporte brasileiro e mundial. A globalização foi permitindo que o futebol se tornasse um verdadeiro negócio. O mundo inteiro passou a nos ver como primeira referência. Começamos a virar um celeiro exportador já  nos anos 1980 com aquele time mágico de 82. Em 1984, os Jogos Olímpicos de Los Angeles, nos Estados Unidos, foi praticamente integralmente financiado com recursos privados e direitos de transmissão, um marco no marketing esportivo internacional. Graças ao próprio povo que não permitiu a zona com dinheiro público.

Três anos depois, a Copa União de 1987, também dá o verdadeiro pontapé inicial na publicidade esportiva com a entrada da TV no futebol brasileiro com transmissão ao vivo de vários jogos e os primeiros espaços comercializados nos uniformes. A mídia era o grande medo dos clubes. Agora, 26 anos depois, as entidades esportivas, federações e confederações estão escravas dela que virou quase dona majoritária do espetáculo. Precisamos rever os sistemas de disputa, horário dos jogos, preço dos ingressos, ou nosso produto se enfraquecerá bem aos poucos. Para melhorar mais ainda deveríamos proporcionar mais entretenimento ao público. 90 minutos está virando pouco tempo para pouca atração.

Ao mesmo tempo estamos evoluindo em outros sentidos. A Copa está trazendo melhor infra-estrutura, 12 novos Estádios de primeira linha, glamour e consequentemente jogadores renomados como Seedorf, Ronaldinho Gaúcho, Alexandre Pato e Fórlan, por exemplo. Estes atletas sim, se bem trabalhados,  já com história vitoriosa, trazem mídia, receitas de marketing, público ao jogos e possivelmente títulos – o verdadeiro e principal objetivo de qualquer entidade esportiva.

Valorizo muito o esporte, trabalho no meio, mas tenho questionado algumas situações. Se atualmente temos mais possibilidade de informação, tecnologia, estudos, dados estatísticos, vídeos, comparações, gráficos, precisamos criar uma formula precisa para a avaliar e precificar atletas – vejo uma super valorização dada a alguns jogadores. Exemplos: Rafinha, nova revelação do Flamengo: avaliado em R$ 105 milhões. Não completou nem sua primeira competição como profissional. E Dedé, do Vasco, apelidado de “Mito” pela mídia e pela torcida: R$ 100 milhões. Esta alcunha deveria ser lida antes no dicionário por quem lhe apelidou. Em termos de futebol, só consigo pensar em Pelé, Maradona, Garrincha, Puskas e Zico neste nível de “endeusamento”.

Precisamos rever este conceito de que a venda de dois ou três jogadores caros por ano paga as dívidas momentâneas. Estou cada vez mais certo de que o modelo de gestão vem sendo os pontos mais fracos de vários times brasileiros.


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

ATÉ ONDE VAI O PREJUÍZO PARA OS DONOS DA FESTA?


Os Campeonatos Estaduais começaram e a repercussão dos primeiros jogos não se limitou aos gols dentro de campo. A discussão do momento é a falta de público nos estádios. A imprensa, os torcedores, os dirigentes, os patrocinadores, está todo mundo tentando entender a raiz do problema.

O debate sobre o assunto vai longe. O jogo de interesses fora das quatro linhas gera prejuízo principalmente as entidades esportivas. De um lado: o clube – atualmente totalmente refém da receita das TVs aberta e paga.  Do outro: as emissoras que precisam do conteúdo e geram receita via Futebol, a grande paixão nacional.

Em tese a jogada deveria ser boa para todos os lados: numero de jogos relevante, consequentemente  boa receita de TV, exposição evidente das marcas dos parceiros dos clubes em várias  partidas. Bom negócio também para a televisão que vive de ofecer entretenimento aos seus assinantes.

Contudo, nosso calendário não favorece. Temos 23 datas a cumprir. Numero excessívo. Grande parte dos jogos não desperta interesse do grande público. Para “mascarar” a péssima receita, os clubes abusam dos preços dos ingressos – agrava ainda mais a situação.  O horário de realização não passa de uma imposição das geradoras de conteúdo.

Observando a programação há partidas entre clubes grandes e de menor expressão aos domingos, às 19h30, no Stadium Rio (Engenhão). Este e principal Arena esportiva do Rio de Janeiro, apesar de já ter melhorado seu acesso e serviços, não possui uma enorme simpatia dos torcedores cariocas.

Outro detalhe que parece besteira mas faz sentido é a época do ano em que acontecem as competições regionais. Pesa no bolso da massa e até da elite partidas de futebol com preços excessivos após as comemorações de fim de ano e no ínterim das festas de Carnaval.
Uma solução poderia ser mudança no sistema de disputa, reduzindo um pouco o número de jogos, sem ter de excluir algum clube de menor porte da competição.

Na prática, ações relativamente simples já poderiam ser feitas melhorar o espetáculo de uma forma geral. Os grandes clubes não sabem fazer do “gameday” uma grande festa, que estimula o torcedor a comparecer.

No Brasil a cultura do próprio povo não permite algumas coisas. Bares e restaurantes, ou churrascarias não podem ser bem exploradas nos Estádios e os clubes deixam de faturar com isso. Em meio a isto, várias atrações poderiam ser incluídas como shows antes ou depois dos jogos, promoções gerando interatividade com torcedores dando oportunidades para realização de ativação de marketing, etc.

O placar acaba desfavorável aos clubes, verdadeiros donos do produto. A pergunta que fica: até quando eles vão aguentar?

*Fotos: 1. globoesporte.com  2.Arquivo google internet 3. Site UOL.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Velhas novas caras na 'Família Scolari'

Ano novo, técnico novo, e caras antigas. Luiz Felipe Scolari deu um passo atrás ao convocar o goleiro Júlio César, (Queens Park Rangers), ex-Flamengo e Inter de Milão. Um 'tom ' de retrocesso na primeira lista de Felipão, já que há várias boas opções no futebol nacional atuando em alto nível  como Jéfferson (Botafogo), Diego Cavalieri (Fluminense) e Cássio (Corinthians).


Nas outras posições quase tudo dentro do normal, salvo a escolho do zagueiro Dante (Bayern Munique), desconhecido para grande maioria no Brasil. Já o lateral Felipe Luis (Atlético de Madrid) teve passagem fraca pela seleção com Dunga. E Ronaldinho Gaúcho (Atlético-MG) é pelo talento e experiência.

O retorno de Hernanes (Lázio) e a manutenção dos jovens talentosos Neymar, Lucas e Oscar dão uma cara moderna ao time brasileiro que tem tudo  para brilhar em 2013 e 2014. Mas Felipão não pode esquecer que suas preferências não deverão ter vez por muito tempo, pois o talento deverá falar mais alto.

Vamos esperar o tempo dizer!

* foto: Mowa Press

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

As promessas e mudanças em 2013


Hora da verdade do Brasil nos Mega Eventos

Um ano se encerrou. Mas o Clico Olímpico continua. A jornada brasileira nos mega eventos está se aproximando. O fim de 2012 foi muito positivo. Corinthians Campeão Mundial Interclubes, estádios da Copa sendo já sendo entregues. E 2013? Promete! Ensaio geral para 2014 com a Copa das Confederações. Acredito no sucesso e que teremos outras outras boas novidades.

Mudanças no mercado da bola

Anos atrás o que se via ao fim das temporada era um verdadeiro êxodo. Os dirigentes degradavam suas comissões técnicas. Trocavam pelo menos a metade do elenco e faziam de tudo para começar do zero. Na maioria das vezes surtiu pouco efeito. Agora, aos poucos está acontecendo uma transformação no mercado.

Acredito que este momento é de profunda transição por alguns fatores. O primeiro: enconômico. As agremiações esportivas estão procurando se profissionalizar mais e fazer menos loucuras financeiras. Assim optam por reforços pontuais. E o segundo: planejamento. Estão observando que é muito mais fácil dar continuidade ao que vem sendo feito do que dar um 'reset'. 

Em consequência disso, a permanência dos atletas vira um 'projeto' que passa a ser bom para os dois lados. Tanto para o clube dar sequencia ao trabalho, quanto para o jogador ter mais chance de fazer história  e se tornar um ídolo. 

FELIZ ANO NOVO!